Alexandre Lino diz que O Porteiro resgata “humor simples e ingênuo”
A nova comédia nacional estreia nos cinemas nesta quinta-feira (31/8) e consolida os 30 anos de carreira do protagonista Alexandre Lino
atualizado
Compartilhar notícia
Alexandre Lino ganhou o Brasil com a peça O Porteiro. Após rodar o país com a apresentação, ele foi convidado para representar a história nos cinemas. O filme, homônimo da comédia teatral, estreia nesta quinta-feira (31/8) tendo o ator como protagonista.
Em entrevista ao Metrópoles, na pré-estreia de O Porteiro em Brasília, Alexandre Lino falou sobre a novidade. “Estou muito feliz. Fazer esse filme, vivendo o Waldisney, um personagem que é nordestino e tem valores e uma essência próximos aos meus, não se mensura. Extrapola os limites dos sonhos”, celebra.
Após 30 anos no teatro e realizando participações como coadjuvante em novelas e filmes, Lino conquistou a oportunidade de ser a estrela de uma produção nacional de comédia. Para o ator, o longa-metragem traz o resgate de um humor antigo.
“O filme resgata um humor que não estava sendo vivido no Brasil nos últimos anos. É um humor simples, delicado, humilde e ingênuo, que flerta muito com Mazzaropi, Oscarito, Chanchada e Os Trapalhões. A figura do porteiro é de muito carisma, isso traz um lugar de acolhimento. Essas comédias que citei também tinham essa característica”, acredita.
Do teatro para o cinema
No teatro, Lino tinha uma interação maior com o público e mais espaço para improvisações. “Eu escolho 10 pessoas da plateia para viver moradores de um condomínio e todas as noites tenho entregas diferentes, porque não sei o que vai acontecer.”
A adaptação de O Porteiro dos palcos para as telonas, então, aconteceu de forma intuitiva. Alexandre Lino foi responsável pela construção do enredo, ao lado do produtor Paulo Fontenelle.
“Além das entrevistas feitas com porteiros, o Paulo ficava de olho em tudo que acontecia na plateia durante o espetáculo. Os moradores que escolho no público estão representados no filme, mas sem margem para improvisações. Tanto o porteiro Waldisney como os moradores têm biografias definidas na dramaturgia do filme”, explica.
Nordestino no Rio de Janeiro
A identificação foi um dos pontos trabalhados no filme, muito por conta da trajetória de Alexandre Lino. Pernambucano, ele seguiu para o Rio de Janeiro em busca de oportunidades de consolidar a carreira. Para o ator, isso se reflete no filme e na história de vários porteiros.
“O que me levou ao Rio de Janeiro foi o desejo de uma vida melhor, de realizar dos meus sonhos e me estabelecer como profissional. Isso vai de encontro com a vida de muitos porteiros por conta dos sonhos e objetivos deles. O transporte dessa realidade para o cinema, no meu caso, que sou nordestino, imigrante, radicado no Rio de Janeiro, também é uma particularidade da minha propria vida”, conclui.