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“Feud” e a luta das mulheres mais velhas em filmes e séries

“Feud”, do FX, coloca Jessica Lange e Susan Sarandon nos papéis das rivais Joan Crawford e Bette Davis e levanta debate no entretenimento

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Reprodução/EW/Robert Trachtenberg
susan sarandon jessica lange, série feud
1 de 1 susan sarandon jessica lange, série feud - Foto: Reprodução/EW/Robert Trachtenberg

“Feud”, nova série do canal “FX” e de Ryan Murphy (“Glee”, “American Horror Story”), resgata uma das rivalidades mais comentadas da história do cinema. Estrelas nos anos 1930 e 1940, Joan Crawford e Bette Davis nutriam ódio uma pela outra. Com estreia marcada para 5 de março nos Estados Unidos, o seriado reacende o debate sobre a luta das mulheres mais velhas em Hollywood.

Anos depois, as atrizes se reencontraram no filme “O que Terá Acontecido a Baby Jane?” (1962), sobre duas estrelas decadentes em Hollywood. As contendas formam a trama de “Feud”, em que Jessica Lange, de 67 anos, vive Joan, e Susan Sarandon, 70, interpreta Bette.

Apesar de focalizar rusgas envolvendo dois nomes clássicos e famosos, “Feud” é um bom ponto de partida para retomar a discussão sobre a falta de bons papéis para mulheres mais velhas em Hollywood, no cinema e nas séries.

Paul Drinkwater/NBCUniversal via Getty Images
Meryl Streep fez discurso anti-Trump no Globo de Ouro

 

Resistência feminina
Elas costumam viver donas de casa, vovós ou tipos cômicos e vilanescos. Quase sempre em ambiente familiar. E ainda ganham menos que os homens. É um reflexo da supremacia masculina na indústria, sobretudo nas funções de roteirista e diretor. Na premiação do Globo de Ouro, Meryl Streep recebeu uma homenagem pela carreira e usou o microfone para declarar guerra ao presidente Donald Trump.

Ele recorreu ao Twitter para, entre outras coisas, chamar a atriz de “superestimada”. Justo Meryl, talvez a mulher mais prestigiada da indústria de entretenimento – e já há uns bons anos. Essa demonstração de desprezo sinaliza a diferença de tratamento entre os gêneros.

Não à toa, Madonna fez outro discurso inflamado durante a Marcha das Mulheres (Women’s March). O alvo foi, novamente, Trump, dono de um currículo de declarações misóginas e comportamentos machistas. Em dezembro, quando recebeu prêmio da “Billboard”, a cantora comentou que “envelhecer é pecado se você é mulher”.

Ao mesmo tempo, várias produções recentes, dentro e fora de Hollywood, indicam uma resistência aos clichês. Mulheres mais velhas surgem em papéis que falam abertamente sobre carreira, sentimentos e vida sexual:

Netflix/Divulgação

“House of Cards”
Não é só nos bastidores da política que Carrie Underwood, a esposa do político Frank, luta por voz e espaço. Nos bastidores, a atriz Robin Wright, 50 anos, exigiu dos produtores salário igual ao de Kevin Spacey – e teve sua solicitação atendida.

Arte/Vitrine Filmes/Sony/Zeta Filmes

“Aquarius”, “Elle e “O que Está Por Vir”
Os três filmes terminaram 2016 em várias listas de melhores do ano, incluindo a do Metrópoles. O brasileiro “Aquarius”, além de todo o tom crítico em relação à especulação imobiliária, dedica-se a perfilar a vida de uma mulher (Sonia Braga) de mais de 60: memórias dolorosas, família, prazer e sexualidade.

O mesmo é visto nas personagens de Isabelle Huppert nos franceses “Elle”, pelo qual está indicada ao Oscar de melhor atriz, e “O que Está por Vir”: mulheres lidando com seus próprios traumas do passado e perversões do presente (“Elle”) e fundando uma nova vida após o fim do casamento (“O que Está por Vir”).

Netflix/Divulgação

“Grace and Frankie”
As veteranas e talentosas Jane Fonda (“Amargo Regresso”) e Lily Tomlin (“Nashville”) vivem uma dupla que precisa reorganizar as coisas após o anúncio inesperado dos respectivos maridos. Os dois revelaram que estão apaixonados e decidiram se casar. Grace (Jane) e Frankie (Lily), então, inauguram uma nova fase na carreira e vida pessoal.

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