A Mulher na Janela: novo hit da Netflix e Amy Adams debate agorafobia
Protagonizado por Amy Adams, longa acompanha uma psicóloga que sofre do transtorno e acaba testemunhando um crime da janela de sua mansão
atualizado
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Lançado na última sexta-feira (14/5), A Mulher na Janela é o filme mais assistido da Netflix neste início de semana. Protagonizado por Amy Adams, o suspense conta ainda com elenco recheado de outras estrelas, como Gary Oldman, Julianne Moore e Anthony Mackie.
O longa acompanha a psicóloga infantil Anna Fox (Adams), que sofre de agorafobia. Confinada em casa, ela começa a observar pela janela a vida aparentemente perfeita dos vizinhos da frente. Um dia, porém ela acaba testemunhando um violento crime, que vira sua vida de cabeça para baixo.
Apesar de dividir a crítica especializada, a trama de A Mulher na Janela acabou deixando muita gente de cabelo em pé. Além da trama instigante, o filme levanta um debate a respeito do transtorno conhecido como agorafobia. Mas você sabe o que é?
A agorafobia é uma doença crônica que pode durar anos ou por toda a vida e que pode acarretar em outro problemas. Cerca de 30 a 50% das pessoas que apresentam esse tipo de transtorno, também sofrem de síndrome do pânico. A doença afeta mais mulheres que homens, sendo de 2 para 1.
“É um tipo de ansiedade comum inclusive, mas que seu facilitador está na ocorrência de alguns episódios de ataques de pânico. Um indivíduo que apresenta tal distúrbio, tende a ficar dentro de casa, pois tem medo de sair já que em sua mentalidade é perigoso, mesmo não sendo”, explica o PhD, neurocientista e neuropsicólogo Fabiano de Abreu Rodrigues.
Para o especialista, o filme apresenta de forma interessante, o medo e a reclusão resultado de um trauma relacionado à perda. “As situações são antecipadas no imaginário e são desencadeadas por um simples medo do que poderia acontecer ou não. A pessoa faz uma projeção de uma realidade que, na maioria das vezes, não vai acontecer”, disse.
Entre os principais sintomas da agorafobia, o neurocientista pontua os medos de multidão, enfrentar filas, lugares fechados, transportes públicos, espaços abertos e solidão. A maioria dos casos surgem antes dos 35 anos e o diagnóstico é feito por um período de 6 meses ou mais.
O processo do tratamento é considerado bastante desafiador pois é realizado por meio de terapia de exposição, no qual o indivíduo é auxiliado a pensar, aprender novas habilidades e se comportar de outra maneira diante de situações que originam o medo.
Veja o trailer do filme: