metropoles.com

5 momentos inesquecíveis da multifacetada Elke Maravilha

A atriz, que morreu nesta terça (16/8), exercia fascínio por causa de personalidade apaixonante e para lá de autêntica

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Site oficial
Elke Maravilha
1 de 1 Elke Maravilha - Foto: Site oficial

O Brasil amanheceu com a triste notícia da morte de Elke Maravilha na manhã desta terça (16/8). Apresentadora, atriz, dentre outros talentos que desempenhava, ela era uma daquelas figuras que exercia fascínio por causa de personalidade apaixonante e para lá de autêntica. O Metrópoles selecionou cinco facetas desta grande mulher que vai deixar saudades…

Internacional

Nascida Elke Georgievna Grunnupp em São Petesburgo, na Rússia, veio para o Brasil com seis anos de idade para morar em Itabira, Minas Gerais.

Divulgação

Virou modelo na juventude e trabalhou com grandes nomes do segmento do país.

Reprodução

Esse rol incluía Zuzu Angel, de quem ficou muito próxima. Quando o filho da estilista desapareceu, em meio aos anos de chumbo da ditadura militar no Brasil, Elke foi presa ao rasgar um cartaz de “Procura-se” em que o rapaz aparecia como “terrorista”. Por causa disso, perdeu a cidadania brasileira e por muitos anos foi considerada apátrida. Mesmo assim, falava oito idiomas, além do português, incluindo grego e latim.

ESPN/Reprodução

Televisão

Foi em 1972 que Elke Maravilha começou a se tornar conhecida do grande público ao tornar-se jurada do “Cassino do Chacrinha”. Ela exerceu o cargo até a morte do apresentador, no fim dos anos 1980.

YouTube/Reprodução

“… um dia tocou o telefone com alguém me convidando para ir no programa do Chacrinha. Eu não conhecia porque não via televisão, mas aceitei. Então perguntei a um amigo sobre como era o tal programa e ele me disse que era um programa de auditório que tinha um apresentador que tocava uma buzina o tempo todo. Achei legal, comprei uma buzina e entrei lá buzinando; o Painho se encantou comigo e eu com ele. Foi assim que começou!”, contou.

Em seguida, ainda como jurada, integrou o elenco do “Show de Calouros”, do “Programa Silvio Santos”. Elke Ma-ra-vi-lha, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá…

Também no SBT, comandou um talk-show na década de 1990.

Uma das últimas participações na telinha foi no quadro “O Grande Plano”, do “Fantástico”, ao lado de Berta Loran e Vilma Nascimento.

Atriz

Durante a carreira, se destacou em papéis no cinema e na TV.

Reprodução

Caso de “Xica da Silva”, de Cacá Diegues, que lhe rendeu o prêmio Coruja de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante.

Reprodução

Também chamou atenção no papel de uma stripper em “Pixote – A Lei do Mais Fraco”, de Hector Babenco, de 1982.

Reprodução

Em 1986, na minissérie “Memórias de um Gigolô”, dirigida por Walter Avancini, ela interpretou a dona de um bordel. O sucesso foi tanto que Elke tornou-se madrinha da Associação de Prostitutas do Rio de Janeiro.

Ela também ganhou os palcos em montagens teatrais.

Estilo

Elke Maravilha sempre foi conhecida pelos looks despojados e um tanto quanto excêntricos que exibiu durante toda a carreira.

A modelo lânguida e com cara de boa moça dos “anos dourados” deu lugar a uma bombshell rock ‘n’ roll na louca década de 1970.

Facebook/Reprodução

As perucas era um capítulo à parte no figurino dela, assim como as botas, quase sempre de cano alto e latéx. Maquiagem era item essencial também à caracterização.

Facebook/Reprodução

Sem papas na língua

As declarações de Elke Maravilha sempre foram um tapa na cara da sociedade. Livre, ela falava com desenvoltura sobre qualquer assunto e não escapava de assuntos polêmicos. Assumiu que usou drogas, que fez abortos, e não pediu desculpas a ninguém. Veja algumas delas:

“Fiz três abortos. Sempre soube que não tinha talento para isso, que não saberia educar uma criança. Parir é fácil, mas educar é difícil. Setenta por cento da mulheres que têm filhos não deviam. Sou completamente consciente do passo que posso dar. Eu nunca quis segurar homem. Sempre disse: “Quer ter filhos? Vai ter com outra”. Não estou aqui para interferir no carma de ninguém”, em entrevista à ISTOÉ Gente.

“Eles não gostam de gente que pensa. Incomoda! Eu incomodo um ‘bocadinho’… Mas tudo bem, amor. Eu tenho trabalho, graças a Deus”, disse ao RD1.

“Eu nunca fui obediente, mas na minha geração você não podia trepar sem casar. Eu nunca fui mulher, então não tive esse problema, trepei e pronto. Só fazem com você o que você permite”, para o Brasília em Pauta.

“Usei drogas, mas elas não me usaram. Até crack eu já fumei. Cachaça eu tomo. Gosto muito de beber. Não sou alcoólatra, graças a Deus, porque já teria morrido há muito tempo. Ia morrer de beber. A minha geração usou drogas para autoconhecimento, não para a fuga. O LSD me ensinou sobre a minha alma.

A cocaína me ensinou muito. É a droga de poder e eu não gosto de poder. Mas quem gosta fica meio viciadão, né? Você fica brilhante. Uma vez, em Nova York, nos anos 80, eu estava numa festa e passaram com uma bandeja de cocaína. Disse que não queria, mas me me pediram para cheirar. Menino, não é que comecei a contar a história do Brasil, desde 22 de abril de 1500 até 1983? A festa parou para ouvir. A gente fica brilhante, mas não é o que eu quero”, em entrevista ao Extra.

Reprodução

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?