2ª Feira do Grafeno de Caxias do Sul bate recorde de público
Mais de 9,5 mil pessoas estiveram presentes no evento, que aconteceu na UCS (Universidade Caxias do Sul), mais que o dobro da edição de 2021
atualizado
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Contando com diversos expositores, de fabricantes de brinquedos à peças para a indústria de Defesa Nacional, a 2ª Feira Brasileira de Grafeno, organizada pela UCS (Universidade Caxias do Sul), UCSGraphene e Zextec Nano, demonstrou as diversas possibilidades de uso do material, considerado o mais forte e leve do mundo.
Sendo o grafite (matéria-prima do grafeno) um dos minerais mais abundantes no Brasil, Caxias do Sul tem sido um dos principais protagonistas no mundo na cadeia de produção do nanomaterial, que é cotado para ser, entre outras coisas, o substituto da fibra ótica no futuro das conexões.
O avanço é bastante significativo para o país, uma vez que o Brasil possui a segunda maior reserva mundial do mineral, sendo atualmente o terceiro maior fornecedor mundial do produto, de acordo com informações da revista Amanhã, devendo movimentar mais de 3 bilhões de dólares nos próximos anos. Com extrema resistência mecânica, leveza e alta condutividade térmica e elétrica, o grafeno é capaz de suportar mais pressão que o aço, amplamente utilizado, mas com um peso muito superior.
O líder e coordenador da UCSGraphene, Diego Piazza diz que seu contato com Grafeno “se permeia sua história de vida. Pelas tendências da nanotecnologia nas novas matrizes econômicas, pude perceber como eu contribuíria para impactar na vida do próximo”.
A UCSGraphene é a primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina instalada por uma universidade. Totalmente adequada às normatizações e devidamente registrada no Cartório Manoel Valente, operador do Segundo Ofício de Caxias do Sul, RS, a UCSGraphene viabiliza inovação com sustentabilidade e redução de custos.
Todos os aspectos positivos no evento confirmaram o grande potencial que traz o grafeno para o desenvolvimento nanotecnológico mundial. O Brasil, enquanto detentor de aproximadamente um terço das reservas mundiais de grafite em todo o mundo, mostra ao mundo a capacidade tecnológica e as expectativas do país em termos de impacto econômico.
“Material disruptivo que abre caminhos como a presente feira. Nosso estande conta, por exemplo, com produtos de tecidos à borrachas. Não podemos falar que é apenas tendência, é manifestação da química e da engenharia dos materiais nos mais diversos segmentos.” comentou a pesquisadora Aline Zanchet.
1º simpósio de materiais avançados
Entre as novidades presentes na segunda edição da feira, foi realizado o 1º Simpósio de Materiais Avançados, tendo sido considerado um sucesso pela organização do evento. Com o tema “Ecossistema Inovador: desenvolvimentos, incentivos fiscais e normatização”, mais de 12 palestrantes de diferentes estados e experiências falaram ao público ao longo da programação, com destaque para os cases de desenvolvimento tecnológico com uso do grafeno, blindagem balística e materiais avançados aplicados à saúde e o bem-estar.