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Seu filho não tem tempo para estudar ou não sabe gerir o tempo dele?

administração do tempo e a hierarquização das atividades se tornam o diferencial para fixar e acelerar o processo de aprendizagem

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Quantos vezes já escutamos dos nossos filhos: “Mãe, eu não estudei porque não tive tempo!”. Ou: “Mãe, não tenho tempo para nada!”. Será que nossos filhos não têm tempo ou simplesmente não sabem geri-lo? Para poucos felizardos, esta é uma habilidade intuitiva. Para grande maioria da população, um desafio. Sim, um desafio, mas possível de ser superado.

Gerenciamento de tempo é o processo de planejamento e execução do controle sobre a quantidade de tempo gasta com atividades específicas. Ele representa um grande diferencial na produtividade, eficiência e foco nas tarefas.

Segundo Stephen Covey, autor do best seller Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, a essência das melhores ideias na área de administração do tempo pode ser capturada em uma única frase: organize e execute conforme a prioridade.

Diante disso, a administração do tempo e a hierarquização das atividades se tornam o diferencial para fixar e acelerar o processo de aprendizagem, bem como para potencializar a produtividade escolar.
Antes de detalhar o assunto gerenciamento de tempo, porém, é relevante, em uma primeira abordagem, assinalar a diferença entre compromissos e tarefas. Se seu filho souber essa diferença, já é um belo primeiro passo.

Compromisso é uma atividade com hora e local definidos. Um compromisso pode ser único ou ocorrer várias vezes por um período pré-estabelecido. Escola, cursos, aulas particulares, aulas de futebol e dança, são alguns exemplos.

Tarefas são, em princípio, atividades sem data e horários definidos para acontecer. São feitos de maneira aleatória. São exemplos: arrumar a cama ao acordar, organizar gavetas ou estantes, levar o cachorro para passear…

É importante distinguir esses conceitos, uma vez que a forma de nos comportarmos diante de cada um é diferente.

Ao contrário do que se pensa, gerenciar o tempo não é fazer uma lista de tarefas e, em seguida, eliminá-las à medida em que vão sendo concluídas. Significa planejar, priorizar e, se necessário, descartar. Para isso, existe um método que permite visualizar e refletir sobre de que maneira estamos priorizando nossas atividades e qual seria a melhor maneira de geri-las.

A matriz de gerenciamento do tempo distribui as atividades em quatro quadrantes, conforme critérios de importância e urgência. Stephen Covey afirma que uma atividade pode ser: urgente e importante; não urgente e importante; urgente e não importante; não urgente e não importante, conforme demonstrado na figura abaixo.

Reprodução

Nesse modelo, cada quadrante deve incluir um conjunto de afazeres que devem ser gerenciados de modo diferente.

  • Primeiro Quadrante – Importante e Urgente: Neste quadro estão contidas as atividades que não podem ser adiadas. São realmente prioridades. Exemplo: compromissos com data marcada.
  • Segundo Quadrante – Importante e Não urgente: Corresponde a tudo o que não precisa ser feito imediatamente, mas é de grande importância. São atividades decididas de médio e longo prazo. Exemplos: planejamentos, elaboração de estratégias, convívio familiar, atividade física.
  • Terceiro Quadrante – Não Importante e Urgente: São atividades que fogem do controle, interrupções e distrações. Exemplos: serviços de banco, responder e-mails.
  • Quarto Quadrante – Não importante e Não urgente: Não é de natureza urgente e não é relevante. Mesmo assim, são afazeres que absorvem boa parte do tempo. Exemplos: redes sociais, TV, trivialidades, procrastinação.

Observa-se que o segundo quadrante está no centro do gerenciamento eficaz. O tempo investido nele faz com que as pessoas pensem preventivamente, se tornem altamente produtivas e, consequentemente, menos estressadas. Na realidade, a vida cotidiana transita entre as quatro áreas, mas é importante agir de modo que o segundo quadrante seja priorizado e o quarto, minimizado.

Propõe-se, desse modo, a seguinte matriz de gerenciamento de tempo de um aluno:

Reprodução

 

Mas como, de maneira prática, fazer isso? Podemos começar pelos pilares do gerenciamento do tempo. Confira essas dicas práticas:

  • Hierarquia de prioridade – significa elencar as atividades levando em consideração o grau de importância.
  • Organização do ambiente – quanto mais bagunçado o local em que as tarefas serão executadas, mais informações desnecessárias o cérebro necessita processar. Esse excesso de informação tira o foco da atividade a ser realizada.
  • Seriedade e respeito aos prazos pré-estabelecidos por você e foco – ao levar uma tarefa em execução, vá até o fim, dentro do tempo previamente estipulado.
  • Replanejamento – caso perceba que o planejamento atual não está sendo seguido por algum motivo, a reestruturação é fundamental.

A participação dos pais, ensinando seus filhos a gerirem o tempo deles, é fundamental para oferecer as condições necessárias para que eles sejam capazes de utilizar o tempo a favor e não contra.

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