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Zona Verde: GDF define valores de estacionamentos no Plano Piloto. Confira

Governo fará audiência pública presencial e remota na sexta-feira (31/7) para debater proposta com a população do DF

atualizado

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estacionamento lotado
1 de 1 estacionamento lotado - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Estacionar o carro em quadras residenciais do Plano Piloto e no Sudoeste custará R$ 2 por cada hora. Esta é uma das propostas do governo para a implementação da chamada Zona Verde, medida que institui a cobrança em vagas públicas no Distrito Federal.

Em 10 de abril de 2019, quando o projeto ainda se chamava Zona Azul, o governador Ibaneis Rocha (MDB) estimou, preliminarmente, que a iniciativa resultaria em uma arrecadação de aproximadamente R$ 1 bilhão para o DF.

Nesta sexta-feira (31/7), às 10h, a Secretaria de Transporte e Mobilidade fará audiência pública para debater o assunto junto à comunidade.

Segundo a proposta, quatro regiões serão taxadas. As áreas residenciais do Plano Piloto e Sudoeste receberão o nome de Ipê Amarelo. Vagas no centro do Plano Piloto e setores hospitalares foram batizadas de Ipê Roxo. O preço por hora nas duas áreas será de R$ 5 por hora..

A hora estacionada no Eixo Monumental – Ipê Rosa – custará R$ 2.

Por fim, a zona do Ipê Branco vai cobrir os estacionamentos perto do Metrô, BRT e similares. Custará R$ 2 a cada 60 minutos. Quem estacionar nestas áreas para usar estes transportes coletivos na sequência será isento.

No caso das motos, as taxas seriam reduzidas pela metade. Por exemplo: parar em uma vaga residencial custaria R$ 1 a hora. A ideia do GDF é estimular o transporte coletivo, especialmente de quem mora nas cidades satélites e trabalha e estuda no Plano Piloto.

Uma vaga

Cada morador teria direito a uma vaga gratuita na quadra. Durante a semana, os estacionamento seria pago entre as 9h às 20h. Aos sábado, a cobrança valeria entre 9h e 13h. No domingo, não haveria taxa.

Segundo estimativas da Semob, a Zona Verde deve cobrar por cerca de 100 mil vagas no centro do DF. Deste total, 73 mil serão em áreas residenciais. A proposta é conceder o espaço via licitação para uma empresa privada por 30 anos.

Em contrapartida, a empresa deverá fazer a manutenção dos espaços e construir 6 mil novas vagas em bolsões de estacionamento perto de estações do Metrô e similares.

Além disso, parte dos valores arrecadados serão repassados para o Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev-DF).

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Estacionamentos também podem ser usados por moradores ou empresários

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Polêmica

A cobrança em áreas de residência é objeto de críticas de lideranças comunitárias, principalmente na Asa Sul e na Asa Norte. Pelas redes sociais, questionam a falta de contrapartidas e garantias de investimento dos valores arrecadados na melhoria do transporte urbano.

Segundo o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, a cobrança nas áreas residenciais não tem o objeto de prover o lucro. A ideia é preservar os espaços, pois com a taxação nas áreas comerciais, motoristas poderiam migrar para as quadras.

“Qual é a nossa preocupação? Quando a gente coloca a cobrança na área comercial, pode ter uma fuga para a área residencial. E aí prejudica os moradores. Minha preocupação é proteger os moradores”, explicou.

Pelas projeções da pasta, a ocupação das áreas comerciais ficará entre 20% e 30%. No caso das residenciais, a taxa sobe para 80%. Lembrando que os moradores terão direito a vaga sem taxação.

Debate

De acordo com Casimiro, a proposta está aberta para discussão. No entanto, o secretário fez ponderações.

“Se eu destino mais vagas por morador, pode ser que algum fique sem. E há também a possibilidade de um morador de cadastrar cinco vagas. E ele começa a comercializar essas vagas e acaba prejudicando os próprios moradores”, resumiu.

Os estacionamentos não serão fechados. Não serão instaladas cancelas nas regiões. O controle e monitoramento será feito digitalmente.

Flanelinhas

Caso saia do papel o projeto vai impactar diretamente a vida de flanelinhas e guardadores de carros. Neste sentindo, o GDF avalia a possibilidade de incluí-los na prestação de serviços da concessão. Mas esse mecanismo não foi fechado.

De acordo com Casimiro, algumas cidades onde a Zona Verde foi instalada aproveitaram os trabalhadores criando pontos de lavagem de carros.

Após a audiência pública, o projeto com eventuais mudanças seguirá para avaliação da Câmara Legislativa do DF (CLDF) e ao Tribunal de Contas do DF (TCDF).

Serviço:

A audiência pública será feita presencial e digitalmente. Ela será feita no auditório da sede do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), localizado no edifício sede no SAM, Bloco C, Setor Complementares.

Serão disponibilizados 16 assentos. Acesso será por ordem de chegada. A limitação é uma medida de segurança para evitar aglomeração de pessoas durante a pandemia do novo coronavírus.   

A audiência será transmitida pelo Youtube da Semob.

Quem quiser pode encaminhar contribuições para o email consultazonaverde@gmail.com.

A população também pode enviar carta pelo correio, com aviso de recebimento. O endereço é Setor de Áreas Isoladas Norte – SAIN – Estação Rodoferroviária Sobreloja Ala Sul – CEP: 70631-900, Brasília/DF.

Segundo a Secretaria, as contribuições poderão ser enviadas até o final da audiência.

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