Xingado de cagão, militar que atirou em PM ficará preso
De acordo com a decisão, além de disparar cinco vezes contra o policial, o autuado colocou em risco a vida dos demais presentes no bar
atualizado
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A Auditoria Militar do Distrito Federal decretou a prisão preventiva do bombeiro acusado de disparar cinco vezes contra um policial militar no último domingo (31/10), em um bar no Jardim Botânico. Segundo a audiência de custódia, o acusado permanecerá preso pelo menos até o julgamento, e responderá por tentativa de homicídio.
De acordo com o boletim de ocorrência, o bombeiros militar usava o banheiro do bar e estaria demorando. Do lado de fora, querendo acessar o sanitário, o PM teria chamado o homem de “cagão”. Os dois começaram a discutir e o bombeiro, então, sacou a arma e disparou cinco vezes contra o policial.
A decisão da Justiça destaca que, além de atirar contra o PM, o militar colocou em risco a vida dos demais presentes no local.
“A prática delituosa ocorreu no interior de estabelecimento comercial, na presença de várias pessoas, tendo o custodiado efetuado cinco disparos de arma de fogo contra a vítima, que se escondeu em um escritório, ao lado de onde havia uma funcionária descansando, colocando em risco, portanto, inúmeras pessoas, clientes e funcionários da empresa, que estavam no local dos fatos”, entendeu a juíza Nayrene Souza Ribeiro da Costa.
Nenhum dos disparos acertou o PM. Os dois foram levados para a 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião). A arma pertence ao bombeiro e tinha 11 projéteis. O policial também estava armado.
O caso seguiu para as corregedorias do Corpo de Bombeiros Militar do DF e da Polícia Militar do DF (PMDF).
PM e bombeiro militar discutem por banheiro no Jardim Botânico 👇 pic.twitter.com/ZOIMoSQdKZ
— Metrópoles (@Metropoles) October 31, 2021
Em nota, o CBMDF informou que acompanha “todos os procedimentos apuratórios e, em momento oportuno, se confirmando a veracidade das informações, como de praxe, tomará todas as medidas administrativas cabíveis e necessárias para o caso”.
A corporação acrescentou que “não compactua com nenhum comportamento incoerente aos preceitos da instituição”.
Já a PMDF informou que adotou as devidas providências que o caso requer.