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Líder de máfia chinesa que comanda Feira dos Importados paga fiança e é liberado

Wu Zhaoxiao é considerado um dos líderes da organização criminosa que atua no comércio de rua do SIA. Ele ficou detido apenas por três dias. Polícia garante que liberdade não atrapalha investigação

atualizado

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Wu Zhaxiao lider da Máfia Chinesa
1 de 1 Wu Zhaxiao lider da Máfia Chinesa - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O chinês considerado o líder da máfia chinesa no Distrito Federal, Wu Zhaoxiao pagou fiança e está livre depois de ficar três dias detido na operação deflagrada pela Delegacia de Combate aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), no último dia 29. Xiao, como é conhecido na Feira dos Importados, foi libertado por decisão da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT).

Ele pagou R$ 2 mil, na sexta (2/10). Xiao já foi preso três vezes. A última foi em julho, quando pagou fiança de mesmo valor e foi liberado. Respeitado e temido pelos compatriotas, ele vende óculos e tênis falsificados em dois boxes no bloco A, estrategicamente localizados no coração da feira.

Segundo a polícia, ele é um dos líderes da organização criminosa na maior feira da capital. Era de responsabilidade dele as transações financeiras e o controle da chegada e da distribuição dos chineses que desembarcam no DF.

A delegada Mônica Ferreira, da DCPIM, disse que “é normal” o juiz arbitrar fiança, mas que isso não muda em nada o processo na Justiça. “Ele apenas vai responder em liberdade”, garantiu. Durante a operação, policiais estouraram um depósito de mercadorias contrabandeadas que pertencia a Xiao, em uma sobreloja no bloco D. Na tarde desta segunda-feira (5/10), Xiao esteve novamente na DCPIM para tentar reaver parte de sua mercadoria que foi apreendida durante a operação. Os produtos foram encaminhando para a Receita do DF. Caso tenha as notas fiscais, o oriental pederá reavê-los.

Reportagem especial do Metrópoles revelou como as mercadorias falsificadas produzidas na China chegam a São Paulo, no Porto de Santos, e de lá vêm para o Distrito Federal, por ônibus e caminhões de transportadoras. Muitas mercadorias são “esquentadas” num esquema que envolve a emissão de notas falsas, que podem custar até R$ 5 mil. dependendo da quantidade e do tipo do produto. A reportagem mostrou ainda como vivem os chineses no Distrito Federal.

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