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W3 Sul: moradores reclamam de beco com nome de Marielle Franco

Eles procuraram a ouvidoria do GDF, que considerou colocação da placa como manifestação artística

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1 de 1 Vinícius-Santa-Rosa-Metrópoles1 - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Moradores da Asa Sul estão incomodados com uma placa que batiza um local público na 508 Sul com o nome da ex-vereadora carioca Marielle Franco. A reclamação chegou a ser levada à Ouvidoria do governo, que, por sua vez, declarou ser uma “intervenção urbana espontânea”.

A placa trata como rua um beco entre o Espaço Cultural Renato Russo e a W3 Sul. A marcação possui as mesmas características do letreiro usado no Rio de Janeiro e que, frequentemente, tem réplicas utilizadas em manifestações que pedem a resolução do assassinato da vereadora, ocorrido em 2018. Uma dessas reproduções chegou a ser objeto de vandalismo por parte do deputado estadual – então candidato – Rodrigo Amorim (PSL).

“A colocação de uma placa como essa é contra o plano diretor de Brasília. Eu não posso chegar e colocar o nome de quem eu gosto. Precisa ter uma lei. Acredito que o governador não saiba que isso está acontecendo. Me incomoda [a placa], porque sei que é uma pessoa que nada tem a ver com Brasília”, criticou o servidor público Giordano Campos Bavvo, 39 anos.

A reclamação à Ouvidoria ocorreu há cerca de quatro meses. A manifestação foi considerada apenas cultural.

“Prezado, informamos que a pintura constante no beco do Espaço Cultural Renato Russo se trata de uma intervenção urbana espontânea, sob a qual o espaço não teve qualquer gestão”, responde o ofício.

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Para a administradora Janete Clark, 60 anos, a placa “não melhora em nada” a situação da região. Segundo a moradora da região, a figura Marielle Franco é “fantasiosa”.

“Eu sou moradora de muitos já anos da área central de Brasília e fiquei revoltada com o descaso das autoridades de permitir que essas pessoas criassem essa ideia como rua, praças com o nome de Marielle. Ela não tem nada a ver com Brasília. Eles precisam fazer algo agradável para a cidade. É uma situação [ a colocação da placa] que não melhora em nada a qualidade de vida. Essa história de Marielle é fantasiosa e abre espaço para manifestações, badernas que não trazem nada de positivo para a cidade”, criticou Janete Clark, 60 anos.

Veto

Giordano Campos Bavvo destacou que, recentemente, o governador Ibaneis Rocha (MDB) vetou a adoção do nome de Marielle Franco a uma praça no Setor Comercial Sul, em frente à Estação Galeria dos Estados.

A atitude gerou ataques e críticas nas redes sociais de militantes e do autor da proposta, o deputado distrital Fábio Felix (PSol). Uma manifestação no local, onde deveria ser dado o nome da ex-vereadora, está marcada para a próxima terça-feira (28/01/2020).

Vinícius Santa Rosa/ Metrópoles

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