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“Vou matar nosso filho”, ameaçou homem antes de assassinar ex no DF

Janilson Quadros matou a ex-companheira no sábado (25/5) e passou por audiência de custódia no domingo (26/5), ainda hospitalizado

atualizado

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1 de 1 Casal vestido de noivos - Metrópoles - Foto: Arquivo Pessoal

Preso em flagrante após matar a ex-companheira a facadas no sábado (25/5), Janilson Quadros de Almeida, 37 anos, teve a prisão convertida em preventiva após passar por uma audiência de custódia nesse domingo (26/5). Ele está internado desde que tentou se matar, após cometer o crime. Daniella Di Lorena Pelaes de Almeida, 46 anos, foi morta a facadas 15 dias depois de retirar a medida protetiva que tinha contra o ex. “Vou matar nosso filho (de 3 anos) e me matar”, ameaçou o homem antes de cometer o crime contra a ex no Jardim Botânico.

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Vítima deixa três filhos. O mais novo deles tem 3 anos e é fruto do relacionamento do casal
Daniella di Lorena Pelaes de Almeida
Daniella Di Lorena Pelaes de Almeida, 46 anos
Daniella (última à direita) era irmã de Beth Pelaes (blusa verde na foto), prefeita de Pedra Branca do Amapari (AP)
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Janilson e Daniella ficaram casados durante quatro anos

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Vítima deixa três filhos. O mais novo deles tem 3 anos e é fruto do relacionamento do casal

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O suspeito de feminicídio segue hospitalizado no Hospital de Base do DF (HBDF), o que não impediu que a Justiça fizesse audiência de custódia durante a manhã deste domingo. A audiência foi presencial para as autoridades, que analisaram a prisão em flagrante de Janilson, convertida para preventiva.

Portanto, assim que o criminoso receber alta hospitalar, ele deverá se apresentar imediatamente ao Núcleo de Audiências de Custódia (NAC). Daniella Di Lorena Pelaes de Almeida era irmã da prefeita do município de Pedra Branca do Amapari (AP), Beth Pelaes (União Brasil).

Feminicídio

Janilson Quadros de Almeida foi preso em flagrante após assassinar Daniella, com quem foi casado por quatro anos. Entre as 5h e as 7h de sábado (25/5), ele a matou com facadas no tórax e, depois, tentou tirar a própria vida.

Janilson entrou em contato com Daniella no dia do crime, por volta das 5h, para fazer uma suposta visita ao filho deles. Sem conseguir a autorização da ex, o agressor decidiu ir ao condomínio onde a família morava – e ao qual tinha acesso liberado. Ele tinha a senha da fechadura da casa de Daniella e uma tag no carro que autorizava a entrada no residencial e, assim, circulava rotineiramente pelo condomínio, pois os dois moraram juntos.

Relacionamento e denúncias

Daniella e o agressor se conheceram quando ele atuava como motorista particular da vítima, à época em que ela ainda trabalhava na Prefeitura de Pedra Branca do Amapari (AP). Os dois se casaram há cerca quatro anos e se mudaram para o Distrito Federal dois anos depois. Porém, estavam em processo de separação, segundo a polícia.

A vítima havia registrado ocorrências contra Janilson, por ameaça e violência doméstica, antes de ser assassinada em casa, no Jardim Botânico. Em denúncia registrada por Daniella, em 27 de março último, ela chegou a relatar que o agressor prometeu que “iria matá-la”.

Na ocasião do registro da ocorrência, a vítima, que tem outros dois filhos, de 17 e 10 anos, frutos de relacionamento anterior, relatou nunca ter sofrido violência física ou verbal cometida por Janilson até então. Porém, afirmou que ele havia se transformado em “uma pessoa nervosa e instável”.

Daniella também contou que, em fevereiro, chegou a ser acordada de madrugada pelo agressor, que havia acabado de entrar em casa. Em seguida, Janilson teria prometido que, “se descobrisse algo dela, que ela o traía, iria matá-la’”.

Em outra ocasião denunciada pela vítima, ela estava no trabalho quando recebeu uma ligação de Janilson. Ele afirmou, segundo o boletim de ocorrência: “Agora vou acabar com tudo. Vou matar nosso filho e me matar depois”.

Após o registro das denúncias, a Justiça concedeu medida protetiva em favor da vítima, para proibir o agressor de se aproximar dela, dos parentes de Daniella e de testemunhas dos crimes, por qualquer meio de comunicação. Ele também foi impedido de frequentar endereços específicos.

Em 10 de maio, porém, Daniella pediu a revogação da medida protetiva, pois o então companheiro havia começado a fazer acompanhamento psicológico, segundo contou à vítima.

Sepultamento

O corpo de Daniella foi sepultado na manhã desta segunda-feira (27/5), no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Macapá (AP).

O velório da vítima ocorreu desde 19h desse domingo (26/5). Ela deixa três filhos, todos menores de 18 anos.

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