Vocalista do grupo Guind’art 121 diz que foi agredido em casa noturna no DF
De acordo com testemunhas, Daher Chagas Filho, de 24 anos, mais conhecido como DG, foi agredido por quatro seguranças do evento
atualizado
Compartilhar notícia
Um dos vocalistas do grupo de rap Guind’art 121 disse que foi agredido na madrugada da última sexta-feira (11/8) no Complexo Fora do Eixo, em Brasília. De acordo com testemunhas, quatro seguranças do evento bateram em Daher Chagas Filho, de 24 anos, mais conhecido como DG. O jovem acrescenta que teve o celular levado durante o ataque.
Em nota, a casa noturna nega as acusações do artista (leia mais abaixo).
O rapaz estava no local a trabalho, acompanhando a produção do festival Rap Game, que ocorreu no sábado (12/8). Segundo o relato, antes do ataque, DG subiu no palco do evento a pedido do DJ Zéu, que estava tocando na festa, para fazer uma gravação.
“Quando faltavam cinco minutos para acabar a apresentação do DJ, os seguranças pediram para eu descer do palco. Eu disse que estava trabalhando, mas mesmo assim eles insistiram, e o DJ pediu para eu descer para evitar problemas”, disse Daher Filho.
“Eu desci do palco, mas o que eu não esperava era que eles fossem me bater. Assim que eu desci levei um soco e caí no chão. Quando eu consegui levantar, levei mais um soco e caí de novo”, complementou o vocalista do grupo.
De acordo com o integrante do grupo, ele foi agredido com socos, cotoveladas e chutes. DG também afirmou que os clientes do estabelecimento que presenciaram o ocorrido tentaram intervir jogando água nos seguranças.
Veja o vídeo:
Além da agressão, o artista afirmou que teve o celular levado durante o ataque.
O caso foi registrado na 3ª Delegacia de Polícia Civil, no Cruzeiro, como lesão corporal. Após o BO, o rapaz foi para o Instituto de Medicina Legal (IML) e realizou exame de corpo de delito.
Ao Metrópoles DG afirmou que ainda sente falta de ar por causa dos socos que levou na costela. “Esses casos são recorrentes lá, recebemos relatos de mais de dez pessoas contando que também foram agredidas”, contou.
O que diz o Complexo
Ao Metrópoles o Complexo Fora do Eixo informou, em nota, que os fatos ocorridos na noite do dia 10 de agosto de 2023 foram “distorcidos pelos comunicantes”, e que “imagens do ocorrido” foram resgatadas. “As imagens não podem ser divulgadas por determinação legal, mas já foram encaminhadas às autoridades competentes.”
A empresa informou registrou boletim de ocorrência e que espera que os envolvidos respondam devidamente. Além disso, a empresa acrescenta que a filmagem mostra que “o músico saiu da casa com o celular em mãos”.
Outro caso
Em 10 de setembro de 2022, o estudante Augusto Lima Teixeira Barbosa (foto abaixo), 20 anos, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Alvorada, na Asa Sul, após ser espancado próximo ao Complexo Fora do Eixo. A família afirma que os agressores eram seguranças do evento.
Em entrevista à coluna Na Mira, Anna Luiza Lima, mãe de Augusto Barbosa, explicou que o filho estava em uma confraternização se despedindo de um amigo que iria se mudar para Recife.
“Ele foi empurrado por seguranças. Tirou satisfação, perguntou o motivo. O segurança não gostou do questionamento e, na saída, antes de ir embora, chamou mais seis pessoas da equipe e foram atrás dele. Foi uma tentativa de homicídio. O espancaram com chutes, principalmente na cabeça”, desabafou.
Anna Lima detalhou que o jovem não morreu engasgado com o próprio sangue porque um amigo, que ficou para trás, o socorreu. “Essa pessoa virou o corpo dele. Augusto estava engasgando e o amigo chamou a ambulância. Ele levado ao Hospital de Base, onde passou por exames de tomografia. Está com várias fraturas na face, no nariz e coágulos no cérebro”, completou.
Ainda durante a sexta-feira, o paciente foi transferido para o Hospital Alvorada, onde permanece em observação na UTI. O estudante está consciente, mas não lembra o que aconteceu. Um boletim de ocorrência foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia (área central).
Os familiares tentam recuperar os arquivos gravados pelo jovem no momento da confusão. Segundo a mãe, o aparelho ficou completamente destruído. “Sete contra um. Todos fortes. Meu filho é alto, mas bem franzino. Nada justifica essa maldade. Vamos atrás da justiça”, concluiu.