Vizinhos protestam e pedem justiça pelo garoto espancado após assobio
Um grupo de vizinhos compareceram ao protesto que passou em frente à casa do agressor Victor de Sales Batista, 27 anos, nesta terça
atualizado
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Amigos e vizinhos do adolescente de 14 anos que foi agredido em uma quadra de esportes do Núcleo Bandeirante no sábado (23/4) organizaram uma passeata pedindo por justiça para que o agressor Victor de Sales Batista, 27 anos, não fique impune pelo crime. Os manifestantes reuniram-se na Vila Nova Divinéia na noite desta terça-feira (26/4), por volta das 19h30.
Confira momentos da passeata:
Eduardo Ribeiro Machado é um dos moradores da região e relatou que a manifestação foi pacífica. “Fomos andando pelas ruas da Divinéia, gritando palavra de ordem como ‘justiça’ e ‘fora espancador’ e as pessoas foram saindo de suas casas e se juntando à passeata. O ato é um protesto para que a Justiça não deixe que essa agressão covarde fique impune”, comentou.
Segundo ele, um dos motivos que levou os vizinhos a organizarem a passeata foi a insegurança da comunidade. “Temos medo do que esse rapaz possa voltar a fazer com o garoto ou com outras crianças da cidade”, disse Eduardo.
A concentração dos moradores estava marcada para às 19h30, no restaurante Temperão Divinéia. O protesto durou cerca de uma hora e os vizinhos caminharam até a casa do garoto agredido. No caminho, eles também passaram pela residência do agressor. “Enquanto nós não tivermos uma resposta das autoridades com relação a esse crime, nós continuaremos manifestando. A comunidade pede por justiça”, reforçou o morador.
Entenda o caso
O caso ganhou repercussão nacional pela brutalidade das imagens. Nas cenas, gravadas por outro adolescente que estava no local, Victor chega à quadra de esportes da região, pula o alambrado e surpreende o garoto.
Veja o momento da agressão:
Vizinhos revoltados
“Ele me bateu sem parar. Eu só fiquei tentando me defender e protegi a minha cabeça, que era o mais importante”, acrescentou. Com o garoto no chão, teria dito: “Na próxima vez, vou é te matar”.
O episódio gerou revolta nos moradores da região. Assim que ficaram sabendo do ocorrido, vizinhos cercaram a casa do suspeito, ainda na tarde de sábado (23/4). O grupo tinha a intenção de questionar pessoalmente os ataques brutais ao garoto.
Em depoimento à 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante), o adolescente destacou que Victor “sempre implicou muito” com ele. Segundo o garoto, o agressor disse, por diversas vezes, que “não ia com sua cara” e que ele o “incomodava”. A vítima foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML) depois de prestar depoimento.
Agressor
Por meio de seus advogados, Victor se comprometeu a assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência e a se apresentar à 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante).
De acordo com vizinhos, ele mora na região há pouco mais de 1 ano, com pai, irmã e madrasta. Eles não souberam informar a profissão do agressor. Disseram que a família é bastante discreta.
Apesar de não ter sido mais visto na casa onde mora, o suspeito não é considerado foragido, uma vez que o crime é de menor potencial ofensivo e não resulta em prisão preventiva.
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