Vizinha de Torres reclama da volta do ex-ministro para casa: “Esse local não combina com ele”
Ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) foi solto nessa 5ª feira. Anderson Torres estava preso desde 14 de janeiro de 2023
atualizado
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Moradores do condomínio Ville de Montagne relatam insatisfação com a volta de Anderson Torres para a mansão onde mora, no residencial que fica no Jardim Botânico, em Brasília. O ex-ministro do governo Bolsonaro foi solto nessa quinta-feira (11/5), após passar quatro meses preso.
“Esse local não combina com ele. Aqui só tem trabalhador e gente de família. Acho que são pouquíssimas pessoas que estão felizes com esse retorno dele. A maioria queria que ele continuasse preso”, comentou a vizinha, que preferiu não se identificar.
Apesar de mencionar as reclamações, a moradora do condomínio ressalta que o ex-ministro também tem apoiadores no residencial. Na manhã desta sexta-feira (12/5), o condomínio tinha movimentação normal. No entanto, equipes da imprensa não estão liberadas para entrar no Ville de Montagne.
Outro vizinho de Anderson Torres, que também não quis se identificar, comentou que o bairro ficou exaltado após a chegada do ex-ministro.
“Encheu de gente na frente da casa dele, quando chegou. Agora [de manhã], está todo mundo seguindo a vida normalmente. O melhor que podemos fazer é esquecer que ele está aqui e não dar holofote. Tinha de estar na prisão”, criticou o morador.
Desde que voltou para casa, o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal recebeu entregas. Na noite dessa quinta-feira (11/5), horas após chegar, um motoboy entregou pizzas no endereço de Torres. No dia seguinte, o ex-ministro ganhou uma cesta de café da manhã.
Veja imagens:
Anderson recebeu direito à liberdade provisória, com obrigação de usar tornozeleira eletrônica. O ex-secretário também ficou proibido de deixar o Distrito Federal, manter contato com outros investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), usar as mídias sociais e deverá ser afastamento do cargo que ocupava na Polícia Federal.
O descumprimento de qualquer uma das medidas implicará revogação da liberdade e nova decretação de prisão.