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Vítima retirou medidas protetivas 15 dias antes de ser morta pelo ex

Daniella Di Lorena Pelaes de Almeida, 46, foi assassinada a facadas pelo ex-marido, no sábado (25/5). Após o crime, agressor tentou se matar

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Daniella Di Lorena Pelaes de Almeida, vítima de feminicídio no DF
1 de 1 Daniella Di Lorena Pelaes de Almeida, vítima de feminicídio no DF - Foto: Arquivo pessoal/Reprodução

Daniella Lorena Pelaes de Almeida foi morta a facadas, aos 46 anos, 15 dias após retirar a medida protetiva que tinha contra o ex-companheiro Janilson Quadros de Almeida, 37 anos. O crime aconteceu no último sábado (25/6), na residência da vítima, no Jardim Botânico.

Preso em flagrante após matar a ex-companheira, o feminicida teve a prisão convertida em preventiva após passar por uma audiência de custódia no domingo (26/5). Ele está internado desde que tentou se matar, após cometer o crime.

A vítima já havia registrado ocorrências contra Janilson por ameaça e violência doméstica antes de ser assassinada em casa. Em uma denúncia registrada por Daniella, em 27 de março último, ela chegou a relatar que o agressor prometeu que “iria matá-la”.

Na ocasião do registro da ocorrência, a vítima, relatou nunca ter sofrido violência física ou verbal cometida por Janilson até então. Porém, afirmou que ele havia se transformado em “uma pessoa nervosa e instável”.

Daniella também contou que, em fevereiro, chegou a ser acordada de madrugada pelo agressor, que havia acabado de entrar em casa. Em seguida, Janilson teria prometido que, “se descobrisse algo dela, que ela o traía, iria matá-la’”.

Em outra ocasião denunciada pela vítima, ela estava no trabalho, quando recebeu uma ligação de Janilson. Ele afirmou, segundo o boletim de ocorrência: “Agora, vou acabar com tudo. Vou matar nosso filho e me matar depois”.

Após o registro das denúncias, a Justiça concedeu medida protetiva em favor da vítima, para proibir o agressor de se aproximar dela, dos parentes de Daniella e de testemunhas dos crimes, por qualquer meio de comunicação. Ele também foi impedido de frequentar endereços específicos.

Em 10 de maio, porém, Daniella pediu a revogação da medida protetiva, pois o então companheiro havia começado a fazer acompanhamento psicológico, segundo contou à vítima.

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Janilson e Daniella ficaram casados durante quatro anos
Daniella (última à direita) era irmã de Beth Pelaes (blusa verde na foto), prefeita de Pedra Branca do Amapari (AP)
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Feminicídio

Janilson Quadros de Almeida foi preso em flagrante após assassinar Daniella, com quem foi casado por quatro anos. Entre as 5h e as 7h, ele a matou com facadas no tórax e, depois, tentou tirar a própria vida.

Os dois se conheceram quando ele atuava como motorista particular da vítima, à época em que ela ainda trabalhava na Prefeitura de Pedra Branca do Amapari (AP). Os dois se casaram há cerca quatro anos e se mudaram para o Distrito Federal dois anos depois. Porém, estavam em processo de separação, segundo a polícia.

No dia do crime, Janilson entrou em contato com Daniella no dia do crime, por volta das 5h, para fazer uma suposta visita ao filho deles. Sem conseguir a autorização da ex, o agressor decidiu ir ao condomínio onde a família morava – e ao qual tinha acesso liberado.

Ele tinha a senha da fechadura da casa de Daniella, uma tag no carro que autorizava a entrada no residencial e circulava rotineiramente pelo condomínio, pois os dois moraram juntos.

Sepultamento

O corpo de Daniella foi sepultado na manhã desta segunda-feira (27/5), no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Macapá (AP).

O velório da vítima ocorreu desde 19h desse domingo (26/5), na Capela Plaste Vida, também na capital amapaense, onde Daniella nasceu. Ela deixa três filhos, todos menores de 18 anos.

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