metropoles.com

Vítima de feminicídio no DF sofria ameaças e “era oprimida”, diz amiga

Velório de Jainia Delfina de Assis, vítima de feminicídio aos 42 anos, ocorreu nesta 3ª. Companheiro da diarista, assassino ficará preso

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophot
Foto colorida tirada de dia de velório em cemitério ao ar livre
1 de 1 Foto colorida tirada de dia de velório em cemitério ao ar livre - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophot</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

Parentes e amigos de Jainia Delfina de Assis, 42 anos, reuniram-se no Cemitério de Taguatinga, na manhã desta terça-feira (18/6), para dar o último adeus à diarista, assassinada a facadas pelo companheiro no último sábado (15/6). A oitava vítima de feminicídio no Distrito Federal só neste ano morreu na frente do filho mais novo.

O feminicida, Wederson Aparecido Ananias de Moura, 36, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, após passar por audiência de custódia na Justiça do Distrito Federal.

Lembrada pelos presentes ao velório como uma pessoa “guerreira, trabalhadora e uma mãe dedicada”, Jainia deixa três filhos – uma jovem de 19 anos, um adolescente de 14 e um menino de 4 – além de um neto, de 2.

A cerimônia de despedida ficou marcada por revolta e indignação. Sogra da filha mais velha de Jainia, Cláudia Rodrigues, 57, relembrou os últimos dias da diarista, que visitou a amiga dias antes de ser assassinada.

“Ela [Jainia] era muito oprimida; você conseguia ver no olhar dela. Várias vezes ela falou em pegar os filhos e fugir, mas o companheiro [Wederson] a ameaçava. Ele dizia: ‘Eu sei onde você trabalha, quem é sua família. Eu vou te matar’. E ela continuava com ele por medo”, lamentou Cláudia.

7 imagens
Parentes e amigos se despediram da diarista no Cemitério de Taguatinga
Jainia morreu esfaqueada na frente do filho de 4 anos
O feminicida Wederson Aparecido Ananias de Moura está preso preventivamente
Cerimônia de despedida ficou marcada por revolta e indignação
Cláudia Rodrigues, 57 anos, sogra da filha de Jainia
1 de 7

Velório da Jainia Delfina de Assis ocorreu na manhã desta terça-feira (18/6)

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophot
2 de 7

Parentes e amigos se despediram da diarista no Cemitério de Taguatinga

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophot
3 de 7

Jainia morreu esfaqueada na frente do filho de 4 anos

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophot
4 de 7

O feminicida Wederson Aparecido Ananias de Moura está preso preventivamente

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophot
5 de 7

Cerimônia de despedida ficou marcada por revolta e indignação

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophot
6 de 7

Cláudia Rodrigues, 57 anos, sogra da filha de Jainia

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophot
7 de 7

Lembrada pelos presentes ao velório como uma pessoa “guerreira, trabalhadora e uma mãe dedicada”, Jainia deixa três filhos

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophot

Feminicídio

Wederson matou Jainia com facadas no pescoço, na frente do filho do casal, de 4 anos. Após perceber o crime, a criança pediu ajuda a vizinhos. O assassino fugiu, mas acabou preso posteriormente.

Acionada com auxílio do menino, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) chegou ao endereço da família e encontrou Jainia caída em meio a uma poça de sangue, com marcas de facadas e de outros tipos de violência pelo corpo.

No dia seguinte, antes de ser preso em flagrante, Wederson foi identificado por moradores de Vicente Pires, que o renderam e espancaram. Com costelas fraturadas, ele foi detido e levado para a Emergência do Hospital de Base (HBDF), onde recebeu atendimento.

Após liberação da unidade de saúde, o feminicida foi levado para a 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), onde confessou o crime. Em 2006, ele ainda havia sido preso por homicídio e atentado violento ao pudor. Após conclusão do inquérito, ele acabou denunciado à Justiça e condenado pelo estupro e assassinato de uma adolescente de 15 anos, enquanto ela dormia.

Além disso, Wederson tinha histórico de violência doméstica contra Jainia – contemplada por uma medida protetiva descumprida por ele. O agressor continuou a morar na mesma casa que ela e a ameaçou para que voltasse atrás com o pedido de restrições.

Cláudia Rodrigues questionou a atuação do Estado que, para ela, falhou em proteger Jainia. “Quando uma mulher vai à polícia, é porque ela não tem mais a quem recorrer. Se o homem [Wederson] tinha o histórico que tinha e cometeu tudo o que cometeu, eu não entendo por que os policiais não o prenderam logo quando ela foi à delegacia [para denunciá-lo]”, comentou.

Com a conversão da prisão em flagrante em preventiva pela Justiça, Wederson aguardará a tramitação do processo preso.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?