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Vítima da 408 Sul pediu para não morrer. Vídeo mostra momento do crime

Nas imagens, é possível ver um dos suspeitos chegando ao estacionamento e o momento em que a servidora do Ibama foi abordada

atualizado

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1 de 1 408sul - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A mulher baleada no peito, por volta das 22h40 de segunda-feira (8/1), entre os blocos A e B, na residencial da 408 Sul, pediu para o namorado, ao ser socorrida, que ele não a deixasse morrer. Segundo uma testemunha, o homem pressionava o ferimento dela e dizia, “de forma bem centrada, que tudo iria se resolver”. Ieda Maria Neiva Rizzo, de 54 anos, relatou que foi vítima de uma tentativa de estupro. Em um vídeo obtido em primeira mão pelo Metrópoles, é possível ver um dos suspeitos chegando ao estacionamento e o momento em que a servidora do Ibama foi abordada.

Inicialmente, de acordo com a Polícia Militar, a informação era de que dois homens se aproximaram após a mulher descer do carro, no estacionamento do prédio de seu namorado. Eles tentaram estuprá-la, mas, como a vítima reagiu, os suspeitos atiraram. A linha de investigação da Polícia Civil, no entanto, é de tentativa de latrocínio – roubo seguido de morte.

Socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a mulher foi encaminhada para o Hospital de Base do Distrito Federal, onde passou por cirurgia e fez um procedimento de drenagem no pulmão. Ieda Rizzo segue internada na ala vermelha do Hospital de Base.

 

O porteiro do bloco A, Gimadalberico Antônio da Silva contou o que viu: “Quando cheguei, a vítima ainda estava no chão. O namorado dela pressionava o ferimento e dizia, de forma bem centrada, que tudo iria se resolver. A mulher estava lúcida. Repetia várias vezes ‘amor, não me deixe morrer'”.

Gimadalberico mora no bloco há 27 anos e conta que a região é tranquila. “Claro que já tivemos muitos casos de furtos a veículos, mas até isso diminuiu bastante. O crime de ontem, porém, foi chocante. O último caso semelhante que vi por aqui foi há mais de 10 anos, na banca de revista da quadra”.

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Gimadalberico mora no local há 27 anos e considera a região segura
O crime ocorreu na noite de segunda-feira (8/1)
A vítima tem 54 anos e trabalha no Ibama
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Imagens registradas por câmeras de segurança são analisadas pela Polícia Civil

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Gimadalberico mora no local há 27 anos e considera a região segura

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A vítima tem 54 anos e trabalha no Ibama

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Grito forte
Uma moradora, que não quis se identificar por motivos de segurança, viu o momento em que a servidora do Ibama levou um tiro no tórax: “Ouvi um grito muito alto. Fui para janela e a vi acompanhada de um homem. Eles foram até o meio do estacionamento. Ela gritava muito. Ao chegar perto de um dos carros, ele deu o tiro. Na hora, eu desabei. Chorei, pedi para o meu marido se abaixar. Fiquei muito nervosa”.

“Depois que liguei para a polícia e para os bombeiros, consegui descer. Ela sentia muita dor. Pedia morfina para os socorristas do Samu”, completou. A mulher contou que nunca tinha visto algo semelhante: “Agora, a minha rotina vai mudar. Vou chegar com o farol alto, pedir para o meu marido descer. Tomar todas as medidas possíveis de segurança.”

As câmeras de segurança do bloco A filmaram tudo. Ieda foi abordada no estacionamento próximo ao edifício. Seguiu com o bandido até o meio do estacionamento, onde foi baleada.

Estupros
O crime ocorreu horas após a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social divulgar o aumento de 32,4% dos casos de estupro registrados na capital federal em 2017. Foram 667 ocorrências em 2016, contra 883 no ano passado.

De acordo com a Pasta, em 59% dos casos, o criminoso tinha algum vínculo com a vítima – grau de parentesco ou amizade com a família. Não se sabe ainda se os suspeitos de cometerem a tentativa de estupro na noite de segunda (8) conheciam a mulher.

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