Visitante enfrenta trânsito e reclama da falta de água em cemitérios

Quem dedicou o dia para visitar túmulos de parentes e amigos no feriado de Finados nesta quarta-feira (2/11) em cemitérios do Distrito Federal enfrentou engarrafamento nos acessos. Não bastasse a dificuldade de chegar, muitos reclamaram do estado de conservação das áreas vizinhas aos túmulos e da falta de água para limpar as lápides. A expectativa é que até o final do dia entre 500 mil e 800 mil pessoas visitem os cemitérios.

A família de Jaílson Pereira, que mora em Santa Maria, demorou mais de uma hora e meia para chegar ao Campo da Esperança, no final da Asa Sul. “E não foi só isso. Por aqui, não tem água para molharmos as plantas e nem para lavar os túmulos. A impressão que dá é que estávamos em um local abandonado”, desabafou.

 

Entre os túmulos mais visitados no Plano Piloto está o da menina Ana Lídia (foto de destaque), de apenas sete anos, que foi torturada, estuprada e morta por asfixia em 1973. A aposentada Maria do Patrocínio, por exemplo, participava do grupo de orações ao lado do túmulo da criança.

“Há 30 anos vim aqui por volta de 12h. Os médicos haviam me informado que eu não poderia ter filhos. Como meu sonho era ser mãe, pedi pra alma de Ana Lídia me ajudar. No ano seguinte, eu estava grávida. Desde então, assumi o compromisso de vir visitá-la e cuidar do túmulo”, disse.

Em Taguatinga, a reclamação não foi diferente. A servidora pública Edna Gomes, 46 anos, ficou chateada com o estado que encontrou o túmulo do marido. “Mato alto ao redor, sujeira… um descaso só”, lamentou ela.

A empresa Campo da Esperança, que administra os seis cemitérios do DF (Asa Sul, Taguatinga, Sobradinho, Brazlândia, Gama e Planaltina), informou que a manutenção dos túmulos é responsabilidade dos parentes dos mortos e que a água é disponibilizada na administração de cada uma das unidades.

Veja neste link como será o funcionamento dos cemitérios nesta quarta.

Veja, neste link, o que abre e o que fecha neste feriado.