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Violência contra idosos: em três meses, 474 denúncias foram feitas no DF

Número obtido durante a pandemia é quase metade do registrado em 2019. Sejus considera violência psicológica também como agressão

atualizado

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Cuidadora de idosos
1 de 1 Cuidadora de idosos - Foto: istock

Em três meses, desde o início do isolamento social ocasionado pela pandemia do novo coronavírus, o número de casos de violência contra idosos registrados entre março e início de junho, no Distrito Federal, é quase a metade daqueles ocorridos em todo o ano de 2019. No período foram recebidas 474 ligações pelo Disque 100 e outros canais relatando violações aos direitos dos maiores de 60 anos, contra 989 do ano passado inteiro.

Os dados são da Subsecretaria do Idoso, da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF), que acompanha os índices de violência contra esse público, com o objetivo de formular políticas públicas.

Os principais tipos de violação são exposição de riscos à saúde, maus-tratos, ameaças e violência psicológica. As mulheres são as que mais sofreram violações, representando 90% dos registros.

“Em tempos de pandemia, a preocupação com os idosos é redobrada. Precisamos protegê-los do risco de contaminação pelo coronavírus e, ao mesmo tempo, prevenir e combater as violações de direitos”, aponta a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

Segundo ela, é fundamental a colaboração de toda a sociedade, que precisa estar atenta para identificar e denunciar os casos suspeitos.

O que mais tem preocupado a Sejus é o aumento, ano após ano, das diversas formas de violência contra idosos. Se comparados os anos de 2019 e 2018, o crescimento foi de 29%, sendo 989 denúncias contra 769, respectivamente.

Ranking vergonhoso

Esses dados colocam o Distrito Federal em terceiro lugar no ranking nacional desse tipo de violência, atrás do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

“A partir desses dados, nós, da Sejus, decidimos iniciar uma campanha para conscientizar a população a denunciar todos os tipos de maus-tratos e desrespeitos aos nossos idosos. Precisamos alertar os cidadãos que violência contra os idosos é crime e que é dever de todos protegê-los”, alerta Marcela Passamani.

Para ela, é importante que todos fiquem ainda mais atentos para identificar as situações suspeitas.

Ao receber as denúncias, a Sejus faz o encaminhamento para a rede de proteção e a outros órgãos do Distrito Federal, de acordo com o tipo de violação à pessoa idosa. Após isso, é feito o acompanhamento das vítimas. Por fim, a secretaria utiliza os dados coletados para criar políticas públicas de prevenção, acolhimento e proteção à pessoa idosa.

Apesar de ser o mais conhecido, o Disque 100 não é o único meio para que as denúncias de violência contra os idosos sejam feitas. No DF, é possível procurar ajuda na Delegacia de Repressão aos Crimes contra Pessoa Idosa (Decrin): (61) 3207-4242 ou, ainda, pelo 156.

De acordo com a Sejus, a violência contra os idosos não se restringe apenas a agressão física. Constranger, humilhar, negligenciar cuidados, desviar bens, dinheiro ou benefícios de idosos também são formas de violência.

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Pandemia do novo coronavírus obrigou os maiores de 60 anos a ficarem em isolamento
As idosas são as principais vítimas de violência, sendo alvo em 51,7% dos casos
Idosos fazem parte do grupo de risco da doença
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Pandemia do novo coronavírus obrigou os maiores de 60 anos a ficarem em isolamento

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As idosas são as principais vítimas de violência, sendo alvo em 51,7% dos casos

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Idosos fazem parte do grupo de risco da doença

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