Vigilantes suspendem greve após decisão da Justiça do Trabalho
Nesta quinta (20/4), o TRT determinou que a categoria voltasse ao trabalho em hospitais, bancos e empresas de transporte de valores
atualizado
Compartilhar notícia
A greve dos vigilantes que já durava dois dias foi suspensa no início da noite desta quinta-feira (20/4). A decisão foi tomada, em assembleia, após a Justiça do Trabalho determinar que 100% dos trabalhadores voltassem aos seus postos em bancos, hospitais e na área de transporte de valores. Nos demais locais, o efetivo deveria ser de, no mínimo, 30%.
Segundo o sindicato da categoria, trata-se de um recuo estratégico. Foi marcada para o próximo dia 27 uma nova assembleia, que vai definir os rumos do movimento.
O pedido para que não houvesse interrupção nos serviços foi feito cautelarmente antes da deflagração da greve dos vigilantes. Os empresários solicitaram que a categoria mantivesse 100% dos trabalhadores nos postos, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), na tentativa de manter o direito à greve, deferiu parcialmente o pedido.
“Vamos atender a determinação da Justiça e fazer uma nova assembleia em frente ao Tribunal Regional do Trabalho ou ao Conic, para definir se manteremos ou não a greve. Vamos aguardar nossa audiência com a Justiça Eleitoral”, anunciou o secretário de Comunicação do sindicato Gilmar Rodrigues.
De acordo com ele, 18 mil trabalhadores paralisaram as atividades. A categoria pede aumento de 6,48%, reajuste no vale-alimentação e o fim das contratações de trabalhadores por hora. Por conta do movimento, os serviços prestados em hospitais foram prejudicados. Os bancos, por sua vez, fecharam as portas.
Uma audiência de conciliação entre os empresários e os vigilantes na Justiça do Trabalho foi agendada para o dia 27 de abril, às 17h.
Nos grupos de trabalhadores do setor, o distrital Chico Vigilante (PT) criticou aqueles que furaram a greve da categoria. “Tem muita gente que é macho nos grupos e que depois fica criticando a atuação do sindicato. Eu vou falar uma coisa: esses caras ficam furando a greve, que não venha depois reclamar”, disse, em áudio que circulou pelo WatsApp nesta quinta.