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Vigilantes presos por homicídio trabalhavam em unidades de saúde do DF

Homicídio de Alexsandro Aires Carvalho revelou trama de ex-esposa do vigilante para ficar com dinheiro da vítima. PCDF prendeu 4 pessoas

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1 de 1 vigilantes - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Três das cinco pessoas envolvidas na morte do vigilante Alexsandro Aires Carvalho, 42 anos, – além da própria vítima – trabalhavam como seguranças em unidades de saúde pública do Distrito Federal. Quatro pessoas foram presas pelo crime, e a polícia procura pelo quinto suspeito de participar do homicídio.

Alexsandro foi executado com 13 disparos, no início de abril deste ano, enquanto estava em uma marcenaria, em Ceilândia. O vigilante morreu com cinco tiros na cabeça, um no pescoço e sete no tórax, quando um motoqueiro invadiu o estabelecimento e disparou contra a vítima.

Meses depois, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desvendou que o crime não se tratava de um homicídio sem contexto. A investigação revelou que a execução foi orquestrada pela ex-esposa de Alexsandro, a vigilante Vitória Carla Nunes da Silva. Os dois tiveram um filho enquanto estavam juntos.

Vitória Carla teria convencido o atual namorado, o também vigilante Ricardo Nunes da Costa, a cometer o assassinato. Ela o teria instigado ao dizer que era perseguida e ameaçada pelo ex. No início do ano, inclusive, houve uma discussão entre os três após Alexsandro flagrar os dois suspeitos juntos em casa.

No entanto, mesmo separada, Vitória Carla teria continuado a mandar textos para o ex-marido. A PCDF descobriu ainda que, momentos antes da execução, no mesmo horário em que conversava com Ricardo, a investigada enviou diversas mensagens de texto para Alexsandro, fingindo querer reatar o relacionamento. A intenção dela era forjar um álibi, caso fosse apontada como suspeita de participar do crime.

Nesse contexto, Vitória Carla teria induzido Ricardo a acreditar que o ex-marido dela seria um entrave para o novo relacionamento. Além disso, a ex-companheira de Alexsandro pretendia receber o seguro de vida dele, liberado em caso de morte do beneficiário. O valor era estimado em R$ 70 mil.

Pistoleiro

A apuração também revelou que Vitória Carla e Ricardo teriam contado com auxílio do vigilante Weslei Rodrigues Botelho dos Santos como intermediário no contato com um pistoleiro de aluguel.

Possivelmente sob promessa de pagar uma parte do seguro de vida decorrente da morte de Alexsandro, o grupo teria contratado Sílvio Chaves de Oliveira para executar o crime.

O assassinato ocorreu no dia em que Vitória Carla retornaria ao trabalho após sair de licença e no mesmo dia em que Ricardo entraria de férias. Com auxílio de um comparsa ainda desconhecido, Sílvio usou uma motocicleta de Weslei para ir até a marcenaria onde Alexsandro trabalhava naquela data e executá-lo.

Uma segunda pessoa também foi atingida pelos disparos e ficou ferida. Os quatro envolvidos no assassinato acabaram presos, e agora a PCDF trabalha para identificar e prender o suspeito de transportar Sílvio. O caso é investigado pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro).

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