Sem salário, vigilantes ameaçam paralisação na Rodoviária e na Saúde
Cerca de 200 vigilantes estão sem receber salário, pagamento de férias nem benefícios contratuais. Paralisação começa às 7h desta 3ª
atualizado
Compartilhar notícia
Cerca de 200 vigilantes terceirizados que trabalham na Rodoviária do Plano Piloto e na Secretaria de Saúde pretendem parar os serviços a partir das 7h desta terça-feira (17/10). A categoria alega que os profissionais ainda não receberam o salário deste mês. Os vigilantes também não teriam recebido pagamento de férias e de benefícios contratuais, como tíckets de alimentação.
O Metrópoles teve acesso ao documento do sindicato que decidiu pela paralisação dos serviços. Eles são contratados pela Aval Empresa de Segurança. Na Saúde, os serviços de vigilância serão interrompidos no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
“Até a presente data [a empresa] não efetuou o pagamento de salário e benefícios dos trabalhadores vigilantes, pagamentos estes que deveriam ser realizados até 5º dia útil de cada mês, conforme leciona a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e legislação vigente”, destaca o texto.
De acordo com o Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv), os trabalhadores só devem retomar as atividades quando o pagamento for efetuado.
“Penalidades cabíveis”
A reportagem entrou em contato com a Aval Empresa de Segurança, com a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) e com a Secretaria de Saúde (SES-DF).
Em nota, a Semob respondeu que a Rodoviária do Plano Piloto “intercedeu” junto ao sindicato e à prestadora de serviços. “A empresa se comprometeu a repassar o pagamento aos colaboradores em até 24 horas, conforme solicitação da administração do terminal e da pasta”, destacou.
A SES-DF informou que vai apurar do caso e aplicar as “penalidades cabíveis” à empresa. “A Secretaria de Saúde está com todas as faturas dentro do prazo regulamentar e não há atraso nos pagamentos, que têm sido feitos rigorosamente”, comunicou.
O órgão que salientou que tem mantido nas unidades de atendimento o mínimo de 30% dos postos de vigilância sem paralisação. “Na semana passada, a empresa foi notificada sobre os atrasos, que têm ocorrido de forma sistemática todos os meses, principalmente o do vale-refeição, não tendo como causa qualquer atraso da Secretaria de Saúde, que mantém os pagamentos rigorosamente, dentro do que estipula o contrato vigente”, acrescentou a pasta.