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Vigilância Sanitária fecha bufê. Clientes e funcionários temem calote

Trabalhadores foram informados de que dono sofreu infarto após a interdição e está internado em São Paulo. Empresa funciona no Park Way

atualizado

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Bruno Medeiros/Metrópoles
Buffet
1 de 1 Buffet - Foto: Bruno Medeiros/Metrópoles

A Vigilância Sanitária do Distrito Federal fechou o Buffet La Provence, no Park Way, por falta de condições de higiene para funcionar. A medida pegou de surpresa os funcionários e clientes que contrataram os serviços da empresa. As portas do estabelecimento estão fechadas desde quarta-feira (7/12).

“Quando cheguei para trabalhar, o bufê estava fechado e as portas trancadas com cadeados. Os materiais, como computadores, bebidas e utensílios, foram todos levados. Fomos informados pela mulher do dono (identificado como Antônio Carlos Costacurta Ciccozzi) que a Vigilância Sanitária interditou o local e ele sofreu um infarto, sendo levado para Ribeirão Preto (SP)”, contou um dos empregados, que não quis se identificar.

O mesmo funcionário disse que está há cinco meses sem receber salários. Ele contou também que a carteira de trabalho está com os patrões desde que foi contratado e nem sequer sabe se foi ou não assinada.

Pelo menos 10 trabalhadores ficaram toda a quarta-feira em frente ao bufê. Um deles relatou que uma parente de Antônio Carlos teria ido até o local pela manhã e pedido ao segurança do condomínio que impedisse a entrada deles. Os funcionários também teriam sido ameaçados de não receber os valores devidos caso levassem o caso à imprensa. Por medo, a maioria não quis conversar com a reportagem.

Medo de calote
O maître que presta serviço ao bufê, que se identificou como Ednaldo, falou com o Metrópoles. “A minha preocupação é receber os valores que eles me devem. Muitas vezes, deixava de receber minha parte nos eventos para pagar os garçons, com a promessa dos donos da empresa de que receberia nos eventos seguintes.”

Nesta quinta (8), um funcionário teria colocado um segurança na porta do estabelecimento para evitar que mais materiais fossem retirados do local.

A situação preocupa não só os trabalhadores como também os clientes. Um deles, que também preferiu não se identificar, disse que “irá aguardar o desenrolar do caso para depois decidir que medidas tomar.” Porém, não escondeu o medo de que o seu evento não seja realizado e ficar no prejuízo.

Sem condições
A Vigilância Sanitária confirmou, em nota, que “já vinha recebendo denúncias sobre a falta de condições sanitárias para funcionamento do referido bufê. Em razão disso, o espaço foi interditado e convidado a encerrar suas atividades.”

Até a última atualização desta reportagem, o Metrópoles tentou insistentemente contato com Antônio Carlos Costacurta e sua mulher, Liliane, mas os celulares deles estão desligados.

O telefone fixo disponibilizado no site do Buffet La Provence também não atende e os e-mails enviados voltaram.

Depois da publicação da reportagem, a empresa publicou um informe em sua página na internet dizendo que vai se manifestar na próxima segunda-feira (12/12).

 

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