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Vigia que arranhou carro e extorquia motoristas não era credenciado

Guardador de carros preso não era cadastrado junto à Secretaria de Trabalho como flanelinha nem tinha vínculo com sindicato da categoria

atualizado

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Reprodução/PCDF
Flanelinha homem de costas riscando lateral de carro prata
1 de 1 Flanelinha homem de costas riscando lateral de carro prata - Foto: Reprodução/PCDF

O flanelinha de 54 anos preso em flagrante após extorquir condutores e riscar um carro com uma chave de fenda, no estacionamento do Gilberto Salomão, no Lago Sul, não era credenciado junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico Trabalho e Renda (Sedet) e não tinha vínculo com o Sindicato dos Guardadores e Lavadores de Veículos do Distrito Federal (Sindglav).

O suspeito, identificado apenas como “Ricardo” por frequentadores da região, foi detido nessa quarta-feira (25/10), acusado de danificar um veículo depois de recusar serviços de limpeza do vigia. Imagens de  câmeras de segurança do centro comercial filmaram a ação dele.

Assista:

 

 

Flanelinhas e cuidadores de carros que atuam na área relataram que Ricardo trabalhava no estacionamento do Gilberto Salomão havia mais de 10 anos e que essa seria a primeira vez em que danificou algum automóvel.

Cerca de 12 cuidadores ficam na região, segundo testemunhas ouvidas pelo Metrópoles. Porém, só quatro estão regularmente cadastradas junto ao Governo do Distrito Federal (GDF).

Eles acrescentam que os não regularizados acabam por prejudicar o trabalho dos que se profissionalizaram; por isso, cobram mais fiscalização dos órgãos competentes.

Chave de fenda e faca

Funcionários do centro comercial e de lojas nas proximidades do estacionamento disseram que essa foi a primeira vez em que souberam de algo relacionado a danos de veículo no local.

Delegado-adjunto da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), Maurício Iacozzilli detalhou que o vigia havia cometido, anteriormente, crimes de menor potencial ofensivo, como dano, lesão corporal, briga e ameaça.

No caso mais recente, Ricardo riscou o carro da vítima nas laterais e na parte traseira com uma chave de fenda. No momento da prisão em flagrante, ele estava com a ferramenta usada para danificar a lataria do automóvel e uma faca.

Além disso, durante as investigações, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descobriu que o vigia atuava “como um verdadeiro dono da rua, impedindo que motoristas que não contratassem o serviço de lavagem estacionassem no local”.

Os investigadores verificaram, ainda, a existência de denúncia anônima anterior contra ele, com detalhes de ação parecida. Contudo, até esta semana, não o tinham identificado.

“Ele disse que, de uns meses pra cá, ficou mais agressivo e violento. Confessou que tinha riscado o carro, que estava mais nervoso e bebendo muito. Até então, nunca tínhamos recebido qualquer relato do tipo aqui na região”, completou Maurício Iacozzilli.

A audiência de custódia do suspeito está prevista para acontecer nesta sexta-feira (27/10).

Credenciamento e denúncias

O cadastro de flanelinhas é necessário para o governo mapear ações no sentido de reinserir os trabalhadores no mercado profissional, bem como implementar e operacionalizar políticas públicas de emprego, geração de renda, empreendedorismo e qualificação profissional.

Estima-se que mais de 12 mil pessoas façam parte da categoria no DF atualmente. Após o cadastramento, a Sedet fornece crachás de identificação, com foto, que devem, obrigatoriamente, ser usados por todos que atuam como flanelinhas nos estacionamentos da capital do país.

O cadastro é feito pelo site da Secretaria de Trabalho ou nas Agências do Trabalhador. Além do cadastro, há oferta de cursos de profissionalização.

O serviço de flanelinhas, guardadores e limpadores de carro é opcional. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) lembra que, caso haja “pressão” desses profissionais para que os motoristas aceitem serviços, os trabalhadores poderão perder o credenciamento.

Quem tiver reclamações sobre flanelinhas credenciados poderá ligar na ouvidoria do GDF, pelo telefone 156, e informar o número verificado no colete do vigia.

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