Vídeos mostram briga e depredação em ônibus no Carnaval do DF
Até esta terça (5/3), 39 coletivos haviam sido danificados em diferentes regiões da capital. Metrô teve 30 ocorrências de depredação em tren
atualizado
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O Carnaval de rua de Brasília reuniu cerca de 250 mil pessoas nos três primeiros dias de folia, segundo balanço das forças de segurança. A festa até aqui, marcada pela irreverência, fantasias e alegria, também teve destaques negativos. Além de esfaqueamentos e brigas, vândalos depredaram dezenas de ônibus de quatro empresas do Distrito Federal.
Até esta terça-feira (5/3), levantamento preliminar apontava 39 coletivos danificados durante as festas realizadas nas diferentes regiões administrativas. Os números finais e o prejuízo total serão apurados na quarta (6), após o fim das comemorações.
Uma série de vídeos – feitos tanto por câmeras de segurança de coletivos quanto por passageiros – mostra pessoas fantasiadas protagonizando chutes, murros e ameaças. Trens do Metrô-DF também foram vandalizados.
Entre os ônibus com janelas arrancadas, bancos rasgados e até objetos de segurança removidos, estão 13 da Piracicabana, 13 da Urbi, 10 da Pioneira e dois da Marechal.
Em um dos vídeos, feito em Santa Maria, jovens brigam dentro de um Bus Rapid Transit (BRT). As imagens mostram uma discussão seguida de pontapés em meio a passageiros que não tinham envolvimento com o caso.
Veja:
Em outra ocorrência, em um coletivo da Urbi, pessoas aparecem em janelas quebradas do coletivo, enquanto ele está em movimento:
Nem mesmo o martelo usado para quebrar o vidro em caso de incêndio ou emergência escapou dos vândalos. Os foliões arrancaram o objeto para usar como arma em bloquinhos da área central de Brasília, mas foram presos antes de cometerem assaltos.
Veja:
No Park Way, 40 pessoas, segundo informações da Polícia Militar, depredaram um ônibus durante a noite de domingo (3) e, depois, saíram para atacar carros com pedras. Seis vândalos foram presos em flagrante.
Danos também no metrô
O Metrô-DF teve nove ocorrências de depredação em trens no sábado (2), quatro extintores indevidamente acionados, duas janelas quebradas e sete portas danificadas. A depredação ocorreu dias após a companhia lançar a campanha “Hora de cair na folia! Só não vale quebrar o Metrô” para conscientizar os usuários sobre a necessidade de preservar o patrimônio público.
No domingo (3), foram outras 13 ocorrências de depredação em trens e, na segunda (4), mais oito casos, totalizando 30 durante o Carnaval. A Companhia do Metropolitano de Brasília ainda vai apurar os prejuízos, que também ocorreram em 2018: naquele ano, as perdas chegaram a R$ 50 mil.
Também em 2018, os dias de Carnaval registraram 58 ônibus destruídos, com prejuízo final de R$ 100 mil paras as empresas concessionárias do transporte público do DF. Do total, 10 carros eram da Pioneira; 15 da Piracicabana; 31 da Urbi; e dois da Marechal.
Balanço da segurança
O balanço do Carnaval até o momento no DF aponta a realização de 350 abordagens policiais entre a noite de sexta (1º) e a tarde de segunda-feira (4). No mesmo período, foram expedidas 58 multas para pessoas alcoolizadas, sendo que três delas foram encaminhadas para a delegacia.
Quatro motoristas foram flagrados sem habilitação. Foram feitas também 24 remoções de veículos e 105 autuações por estacionamento irregular, principalmente nas proximidades dos blocos.
Até agora, 14 pessoas foram esfaqueadas, sendo duas na segunda (4), no Bloco Encosta que Cresce. As outras vítimas estavam nos blocos Baratona e Raparigueiros, na noite de domingo (3). A PM fez 76 flagrantes. No total, 27 menores foram apreendidos, e cinco adultos, presos em flagrante. A corporação apreendeu 20 armas brancas e registrou quatro ocorrências de lesão corporal grave.
Também no domingo (3), foram realizados 74 atendimentos pelo Corpo de Bombeiros (CBMDF), sendo 17 casos de abuso de álcool. Três seguranças mulheres da empresa Grifo foram agredidas por um homem. O suspeito teria sido contido e espancado pelos seguranças masculinos do bloco Raparigueiros. A PM chegou e encontrou o acusado aparentemente desacordado.
Veja fotos do bloco Encosta que Cresce: