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Vídeos. “Campo de concentração” e “comida de cachorro”: extremistas se queixam de prisão

Em vídeos divulgados na internet, extremistas presos reclamam de tratamento recebido no ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal

atualizado

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Reprodução/Redes sociais
Bolsonaristas reclamam de comida
1 de 1 Bolsonaristas reclamam de comida - Foto: Reprodução/Redes sociais

Bolsonaristas detidos por participação nos atos terroristas em Brasília, no último domingo (8/1), reclamam do tratamento recebido no ginásio da Academia Nacional de Polícia Federal (PF), onde estão presos desde segunda-feira (9/1).

Em imagens que circulam nas mídias sociais, um extremista não identificado critica a marmita servida (imagem de destaque) e afirma que os detidos estão sem comer por considerarem a refeição “horrível”. As refeições foram produzidas por funcionários do Restaurante Comunitário da Estrutural.

“É o que foi servido agora. Linguiça com angu, uma comida horrível. Algumas pessoas receberam macarrão com nuggets. Deixaram tudo aqui porque não conseguem comer. Nem cachorro come isso”, afirmou o bolsonarista.

Assista ao vídeo:

“Campo de concentração”

Em outra imagem publicada em um perfil do Twitter, um manifestante extremista classifica o ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal como “um campo de concentração”.

Além disso, o bolsonarista divulgou fake news sobre mortes de detidos no ginásio. No entanto, a Polícia Federal negou a informação, e os extremistas têm recebido acompanhamento médico.

“Já tivemos quatro mortes. Três mulheres e um homem. Pessoas dormiram ao relento. Não tivemos comida. Nós estamos, praticamente, dentro de um campo de concentração”, disse o bolsonarista.

Inspeção

O Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) fez, nesta terça-feira (10/1), uma inspeção na Academia da Polícia Federal, onde ficaram 1,5 mil presos por atos antidemocráticos.

O Nupri destacou que as equipes de saúde à disposição no local fizeram 259 atendimentos até a data da visita. No total, 25 presos tiveram de ser levados para o hospital. “Os profissionais responsáveis não identificaram nenhuma intercorrência grave no período”, constatou a instituição.

A equipe do MPDFT também informou que a Secretaria de Administração Penitenciária  do Distrito Federal (Seape) assumiu a responsabilidade pela alimentação dos presos. Além disso, 560 pessoas, entre idosos, presos com comorbidades graves e mulheres acompanhadas de crianças foram liberados, segundo informado por delegados da PF aos representantes do Nupri.

O MPDFT confirmou haver, no local, “garantia de assistência jurídica aos detidos, com amplo acesso dos advogados particulares constituídos e de Defensores Públicos da União”.

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