Vídeo: veja como ficou o vagão de trem que pegou fogo no Metrô-DF
Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram o tamanho do estrago das chamas que atingiram um vagão do metrô no Distrito Federal
atualizado
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Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram o tamanho do estrago das chamas que atingiram um vagão da Companhia Metropolitana do Distrito Federal (Metrô-DF) na noite desse sábado (13/7). O trem teve um foco de incêndio na Estação 114 Sul. O incidente acabou interrompendo a circulação em todas as estações da Asa Sul.
O órgão esclareceu que o veículo apresentou falha em uma parada anterior e foi evacuado. Ao chegar à Estação 114 Sul, enquanto levava o veículo vazio para a estação de manutenção, o piloto percebeu ainda sinais de fumaça, e a via foi desenergizada. Foi constatado o início de um foco de incêndio em um dos vagões.
Veja:
“Naquele momento nós fechamos toda a operação do metrô dentro da Asa Sul porque o trem estava parado lá na estação 114. Ainda tinha uma presença de fumaça no túnel e precisava ser eliminada em função dos sistemas de exaustão que funcionam. Nós precisávamos também recolher aquele trem que estava parado na plataforma para trazer ele aqui para a área de manutenção”, conta o presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral.
De acordo com o Metrô-DF, ninguém se feriu. A circulação seguiu interrompida até as 22h, quando o sistema foi totalmente noramlizado. O CBMDF foi acionado para combater as chamas, evitando que o fogo se espalhasse para mais de um vagão.
A perícia de incêndio da corporação vai investigar as possíveis causas do incêndio. Haverá também uma análise da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O veículo que pegou fogo ontem voltará a ser utilizado em 30 dias, sem prejuízos para a frota que vai usar um trem reserva para substitui-lo.
“Nós estamos avaliando uma alteração dentro desse procedimento. Se houve um sinal de fumaça, como aconteceu em janeiro e como aconteceu ontem, o trem não só será desenergizado. O trem todo será desligado e ele vai permanecer na linha onde é que ele estiver, seja na estação, seja em situação de manobra, para que a equipe de manutenção possa ir até o trem, fazer uma avaliação mais profunda e autorizar, então, a retirada do trem do local”, expõe Cabral.
Trem passou por todas manutenções
De acorodo com Handerson Cabral, diretor-presidente da Companhia Metropolitana do Distrito Federal (Metrô-DF), o trem que pegou fogo na noite desse sábado (13/7) fazia parte dos primeiros modelos entregues pela fabricante ao sistema e tinha entre 27 e 30 anos de operação. O órgão garantiu que o veículo podia ser usado e estava com a manutenção “100% em dia, assim como o resto da frota utilizada na capital federal”.
Em média, os vagões desse tipo possuem uma vida útil de 45 anos, informou a empresa. O metrô teve um foco de incêndio na Estação 114 Sul. O incidente acabou interrompendo a circulação em todas as estações da Asa Sul. “Esse trem que foi incendiado é da série 1000, que faz parte do conjunto dos primeiros 20 trens que foram entregues logo no início do funcionamento do metrô. O trem de janeiro, que também teve um dos seus carros incendiados, também é um trem da série 1000”, disse Cabral durante entrevista coletiva neste domingo (14/7).
O presidente do Metrô-DF afirmou que mantém contato com a fabricante dos veículos e planeja que seja uma inspeção mais detalhada seja feita com o objetivo de determinar, eventualmente, um novo programa de manutenção ou reabilitação.
“Para que a gente possa primeiro identificar se é um componente, se é algum sistema que tem causado esse tipo de incidente. Identificado essa causa, a gente planejar juntamente com o fabricante uma substituição de peças, componentes, modernização”, alega o diretor.
Ainda assim e apesar do incêndio, Handerson Cabral garante que toda a frota está totalmente segura por conta dos protocolos de segurança e da rotina de revisão e moitoramento dos vagões. Ele também aponta que não houve risco para os usuários nas ocorrências de incêndio.
Atualmente, a companhia gasta cerca de R$ 150 milhões com a manutenção dos veículos e das linhas utilizadas. De acordo com Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), a companhia paga mais de R$ 13 mil por dia pelo serviço e, agora, há “sete trens fora de circulação devido a manutenção ineficiente”.
Outro trem pegou fogo em janeiro
No início deste ano, um vagão do metrô pegou fogo entre as estações Concessionárias e Águas Claras. Após a fumaça e o acionamento por meio do botão de alerta, o trem com problema seguia para o pátio do Metrô-DF, mas, após passar pela estação Águas Claras, começou o fogo. Ninguém ficou ferido.
“As causas do incêndio, naquele caso, foi por desequilíbrio dentro do armário elétrico, que é um dispositivo que fica dentro de cada um vagão. Foi o que gerou a fumaça e como o sistema ficou energizado, os insufladores, que trazem ventilação para dentro do trem, fez aquele vento alimentar”, comenta o presidente do Metrô-DF.
Segundo Handerson Cabral, houve aprendizado com o evento e gerou mudanças nos programas de manutenção: “Usando os sistemas de câmera térmica, aqueles equipamentos que acharam necessidade de trocar, nós trocamos, principalmente, alguns disjuntores dentro do sistema de armário elétrico para poder reforçar a segurança e fizemos uma mudança dentro do procedimento operacional que foi relacionada ao isolamento elétrico dos carros”.
O piloto da composição do metrô que desembarcou passageiros ao sentir cheiro de fumaça e perceber que alguém havia acionado o botão de alerta pode ter evitado um acidente com consequências drásticas. No entendimento de colegas do profissional, que não teve o nome divulgado, ele “foi um herói”.
“Ele identificou a falha e pediu para que fosse evacuado na estação Arniqueiras. O que aconteceu foi um milagre graças ao compromisso do funcionário com o serviço e com os usuários”, destacou o , em nota.