Vídeo. Síndico ameaça moradores: “Vou te dar um tiro na cara”
Militar da reserva do Exército Brasileiro afirma ter agido em legítima defesa após ser agredido por um dos vizinhos
atualizado
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Uma confusão entre moradores do condomínio Mansões Entre Lagos, no Itapoã, foi parar na delegacia após um homem ameaçar atirar em outro residente. O caso ocorreu nessa segunda-feira (13/04), mas as imagens da discussão só foram divulgadas agora.
No vídeo gravado por uma mulher (veja abaixo), é possível observar dois homens discutindo quando um deles, que está dentro de uma caminhonete branca, saca uma pistola e ameaça: “Vou te dar um tiro na cara [sic]”.
Ainda na gravação, uma moradora afirma que o motorista da caminhonete teria avançado com o carro em sua direção. “Esse senhor jogou o carro em cima de mim após vir aqui no portão arrebentar o cadeado”, diz.
Confira o vídeo da discussão:
O homem que aparece ameaçando atirar nos moradores é o síndico do condomínio. Ele alegou ser militar da reserva do Exército Brasileiro e, por isso, estaria autorizado a portar o armamento.
A confusão teria ocorrido em decorrência de uma briga já antiga dos moradores, envolvendo um portão que dá acesso às chácaras da região. A discussão evoluiu para o âmbito judicial. Na Justiça, ficou decidido que o portão deveria ser mantido aberto.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) chegou a ser acionada para conter os ânimos e encaminhou todos os envolvidos para registro de ocorrência na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
A unidade policial, agora, investiga o caso tratado pelas autoridades como “vias de fato e ameaça”.
Outro lado
Em outro vídeo gravado e publicado nas redes sociais, o militar da reserva explica o ocorrido: “Ontem [segunda] estive na Quarta Etapa cumprindo decisão judicial. Fui comunicado dessa decisão no dia 6 [de abril] e prontamente no dia 7 [de abril] determinei que o portão ao qual os chacareiros usam para entrar no condomínio fosse liberado”.
“Para minha surpresa, no fim de semana, fiquei sabendo que o portão tinha sido novamente trancado. Determinei ao funcionário que fizesse a liberação do portão. Estive juntamente com ele para conferir os trabalhos. É função do síndico conferir”, narra o síndico.
Ainda no registro, o morador afirma que, enquanto conferia o trabalho de liberação do portão, teria sido confrontado por um casal sobre o motivo do arrombamento.
“Comuniquei a ambos que estava cumprindo decisão judicial. Ao me dirigir ao meu carro fui impedido de sair, saí com meu carro e esbarrei na senhora que estava na minha frente. De pronto, fui agarrado pelo pescoço pelo seu marido”, conta.
O militar afirma que agiu em legítima defesa. “Eu tinha só uma situação nesse momento para me defender. Fiz uso do que eu tinha no momento para me defender. Não fiz nenhum disparo, tenho porte de arma, nunca precisei usar arma, mas eu ando prevenido. São segundos que a pessoa tem pra tomar essa decisão, me vi obrigado a fazer isso”, se defende.