Vídeo: seguranças tentam barrar trans em banheiro feminino no DF
O caso ocorreu na tarde da última segunda-feira na Rodoviária de Planaltina-DF. Os seguranças se referiram a ele como homem
atualizado
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Dois seguranças tentaram impedir uma mulher transexual de usar o banheiro feminino da Rodoviária de Planaltina, na tarde da última segunda-feira (20/01/2020). A partir de imagens feitas por testemunhas, é possível perceber que a mulher estava saindo do local.
No momento da confusão, houve discussão entre os evolvidos. Os seguranças ficaram na porta do banheiro dizendo que a mulher não poderia estar no local.
A transexual se indigna com a atitude dos homens. “Vocês querem chamar a polícia? Você estão loucos? Não conhecem a lei?”, afirma, no vídeo.
A mulher também se dispôs a mostrar a identidade, a fim de comprovar que podia fazer uso do banheiro feminino. Entretanto, os seguranças não reconheceram os direitos dela na situação. Dá para ouvir um dos homens dizendo: “Ele quer fazer barraco”.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob) está investigando o caso. A pasta enviou nota para a reportagem afirmando que “repudia todo e qualquer tipo de discriminação. A Semob tomou conhecimento do caso na noite de segunda-feira e está apurando o ocorrido”, diz o texto.
Confira o vídeo:
Processo parado
Há um processo que se encontra parado no Supremo Tribunal Federal (STF), desde 2015, sobre o direito de transexuais serem tratados socialmente de forma condizente com a identidade de gênero.
O ministro Luis Roberto Barroso é o relator do caso. Quando o julgamento ainda tramitava na Corte, em 2015, o magistrado defendeu a medida como uma forma de respeito aos transexuais:
“O remédio contra a discriminação das minorias em geral, particularmente dos transgêneros, envolve uma transformação cultural capaz de criar um mundo aberto à diferença, onde a assimilação aos padrões culturais dominantes ou majoritários não seja o preço a ser pago para ser respeitado”, afirmou Barroso.
Em junho de 2019, o tribunal criminalizou a homotransfobia, enquadrando declarações homofóbicas no crime de racismo.
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF (CLDF) afirmou ter acionado a Semob sobre o caso, a fim de pedir apuração da conduta de LGBTIfobia. Também colherá o depoimento da mulher e, se for o caso, questionar outros órgãos do GDF para ter mais informações.