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Vídeo: PM que fazia racha no DF “tirou fino” de viatura e debochou da corporação

No momento em que passa por duas motocicletas da PM, o policial militar Yago Fernando também brinca: “essa luz deixa a gente cego”

atualizado

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homem forte cabelo curto com blusa verde e cachecol branco
1 de 1 homem forte cabelo curto com blusa verde e cachecol branco - Foto: Redes sociais/Reprodução

O policial militar Yago Fernando Santos de Sousa, flagrado em vídeo participando de um racha, também divulgou imagens quando passou “raspando” em outras duas motocicletas da corporação. No momento em encontra com as viaturas, Yago também debocha: “Essa luz deixa a gente cego”. Alguns segundos antes, o militar também brinca que vai chamar “a polícia para um fight [duelo, em inglês]”.

Assista ao trecho:

Após “tirar um fino” dos colegas, Yago ainda provoca. “Vambora!’ E se quiser, vem atrás”. As imagens foram publicadas em 26 de maio de 2021 em seu canal do YouTube. Doze dias antes de postar os vídeos na plataforma, o PM havia sido designado para a função de fiscalizar o trânsito nas ruas da capital.

Com o título “Será que comeu poeira?”, o vídeo mostra o momento em que o PM se aproxima de outro motociclista e o desafia para uma corrida de rua. O segundo motociclista se assusta com o fato de o policial estar uniformizado e comenta: “Tá de farda?”. Em seguida, Yago Fernando responde: “Dá nada, não”.

A página com seis vídeos apostando racha estava disponível até esta quinta-feira (20/7), quando reportagens mostraram a conduta do policial. O PM também desativou o perfil verificado com mais de 5 mil seguidores que mantinha no Instagram.

10 imagens
Canal do PM tinha seis vídeos  na motocicleta
PM afirma que estava indo ao trabalho no dia que fez racha
Yago tem mais de 5 mil seguidores
Yago Fernando passou em concurso do Senado e vai trabalhar como policia legislativa
Instrução Normativa nº6
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Homem reúne mais de 5 mil seguidores no Instagram

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Canal do PM tinha seis vídeos na motocicleta

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PM afirma que estava indo ao trabalho no dia que fez racha

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Yago tem mais de 5 mil seguidores

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Yago Fernando passou em concurso do Senado e vai trabalhar como policia legislativa

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Yago Fernando é soldado de primeira classe da PMDF

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Em um dos trecho do vídeo, PM atingiu 149km/h

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Mídia foi publicada no YouTube em 2021

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Vídeo mostra momento em que ele passa de raspão por equipe de policiais militares

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Um colega de farda de Yago que não quis se identificar disse que o rapaz sempre foi problemático. “Uma pessoa errada faz isso e prejudica a imagem da corporação”, destacou.

No vídeo completo, o policial instiga o “competidor” do racha. “Vou te pegar”, afirma Yago Fernando. O soldado acrescenta, em outro momento: “Respeita a Pérola Negra” — apelido dado pelo PM à própria moto, uma Yamaha XJ6 preta. O veículo tem 600 cilindradas, pesa mais de 200kg e custa, em média, R$ 30 mil.

Em outro momento, o PM, que conversa consigo mesmo como se fosse um streamer de jogos, chega a dizer que “correr pode, o que não pode é infringir a lei”. Streamer é o profissional que transmite conteúdos ao vivos, com análises ou reações. Nas gravações, Yago atinge a velocidade de 145km/h em via pública no Eixo Monumental. Neste ponto, é permitido até 60km/h.

Em outros trechos, o PM também tira a mão do guidom em diversos momentos dos sete minutos de vídeo. Veja o vídeo completo:

Na ativa pelo 2º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Yago Fernando Santos de Sousa foi aprovado, em junho, pelo Senado Federal para ocupar o cargo na polícia legislativa, que o salário inicial é de R$ 19 mil.

Zelo pela “ética e bom comportamento”

Em nota, a PMDF informou que soube do fato e que “tomou providências para abertura de procedimento de apuração das responsabilidades do policial”.

“Ressaltamos que a PMDF zela pela ética e pelo bom comportamento dos profissionais [da corporação], que não coaduna com desvios de conduta por parte dos integrantes. Todos os fatos são apurados dentro do devido processo legal”, destacou a Polícia Militar.

Procurado pelo Metrópoles, o soldado Yago Fernando não respondeu aos questionamentos da reportagem até a mais recente atualização deste texto. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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