Vídeo: oficiais de Justiça quase são atropelados ao apreender Audi A4
Dois funcionários do TJDFT cumpriam mandado em Taguatinga quando rapaz jogou o veículo contra eles. Categoria reclama da falta de segurança
atualizado
Compartilhar notícia
Dois oficiais de Justiça do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) quase foram atropelados enquanto tentavam cumprir um mandado referente a um Audi A4. Em 6 de abril, Cristiano Fructuoso e Gustavo Terra tentavam apreender o veículo — que seria usado para quitar dívidas com o consórcio por meio do qual o carro foi adquirido —, em Taguatinga, quando um homem jogou o carro contra eles e fugiu. O acusado é Raphael Portilho Oliveira, 25 anos. Ele é filho de Abel de Oliveira Neto, 55, namorado da proprietária do automóvel.
Segundo Fructuoso, ele e o outro oficial chegaram no local onde estava o carro, na M Norte, e encontraram o veículo estacionado em via pública. Eles apresentaram o mandado expedido pela Justiça a Abel. Naquele momento, Raphael afirmou que ia em casa pegar a chave, mas entrou no carro e fugiu. “Tinham quatro pessoas ao redor do veículo e ainda assim ele arrancou e saiu. Jogou o carro contra a gente. Foi angustiante. Nós não tínhamos nenhuma autorização expressa para solicitar reforço policial”, lamentou o oficial de Justiça.Por sorte, uma viatura da Polícia Militar passava em frente ao local, perseguiu o veículo e conseguiu levar pai e filho a uma delegacia. A ocorrência foi registrada na 21ª DP (Taguatinga), onde Abel e Raphael foram autuados por desacato e desobediência. A reportagem tentou contato com os dois na noite desta terça-feira (3/5), mas o celular de Abel estava desligado. No número de Rapahel, ninguém atendeu.
“O oficial quase foi atropelado. É uma demonstração do que a categoria tem passado nas ruas. A frequência tem sido grande. Precisamos de segurança”, reclamou o presidente da Aojus, Gerardo Alves Lima Filho. Segundo o dirigente, esta é a 10ª ocorrência contra os profissionais neste ano apenas neste ano.
Gerardo Filho lembra que, atualmente, há um projeto de lei para viabilizar o porte de arma para os oficiais em tramitação no Congresso. O assunto, no entanto, é polêmico e segue parado no Legislativo. “Precisamos de equipamentos de segurança, como coletes balísticos, armas de choque e um canal direto com a PM”, completou o presidente da Aojus, associação que representa os 605 oficiais em atividade.
Os pedidos de melhorias foram enviados à direção do TJDFT, ao Congresso Nacional e à Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social.