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Vídeo: no DF, bunker com 24 monitores “vigia” o coronavírus

Sala foi instalada ao lado do gabinete do governador Ibaneis Rocha e controla em tempo real a pandemia em todo território da capital do país

atualizado

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Sistema do centro de monitoramento do coronavírus no GDF
1 de 1 Sistema do centro de monitoramento do coronavírus no GDF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Instalada em área de acesso restrito dentro do Palácio do Buriti, o comitê de monitoramento do coronavírus acompanha em tempo real todas as notícias sobre a pandemia da doença no Distrito Federal.

O local escolhido bem ao lado do gabinete Ibaneis Rocha (MDB) recebeu a visita do Metrópoles, que foi conhecer a rotina de funcionamento da atividade de combate à Covid-19 no território local.

O acesso ao bunker é criterioso e foi autorizado pelo emedebista, desde que a reportagem utilizasse os equipamentos de proteção individual (EPI) para permanecer no recinto.

Confira imagens do local:

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Medidas tomadas pelo governo têm o objetivo de evitar lotação dos leitos
O centro de monitoramento do coronavírus funciona ao lado do gabinete do governador Ibaneis Rocha
Números comparam o DF com outros países, segundo Paulo Pereira, subsecretário de Inovação da Casa Civil
Por enquanto, os números do coronavírus na cidade devem crescer porque demora para medidas funcionarem
O sistema faz comparações com dados de outros países e faz projeções sobre o coronavírus por aqui
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Central de monitoramento do GDF: informações de laboratórios e hospitais públicos e particulares

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Medidas tomadas pelo governo têm o objetivo de evitar lotação dos leitos

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O centro de monitoramento do coronavírus funciona ao lado do gabinete do governador Ibaneis Rocha

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Números comparam o DF com outros países, segundo Paulo Pereira, subsecretário de Inovação da Casa Civil

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Por enquanto, os números do coronavírus na cidade devem crescer porque demora para medidas funcionarem

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O sistema faz comparações com dados de outros países e faz projeções sobre o coronavírus por aqui

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Os dados que chegam da rede de saúde são verificados antes de entrar no sistema

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Os números do sistema de monitoramento do coronavírus do GDF vêm da rede de saúde

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Paulo Pereira, subsecretário de Inovação da Casa Civil, espera um "achatamento" dos números do coronavírus só depois de duas semanas

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Na sala, de pouco menos de 60 metros quadrados, uma central com 24 monitores interconectados levam a informação em tempo real às principais autoridades locais. Assim que um caso da nova doença é confirmado, automaticamente os dados são atualizados (veja vídeo abaixo).

Durante a visita realizada no início da tarde desta sexta-feira (20/03), o número de infectados confirmados pela Covid-19 era de 84. Minutos depois, os registros subiram para 87 pacientes. Tudo ocorre de forma muito veloz.

Sob a coordenação da Casa Civil, um grupo de profissionais recorre à tecnologia para manter o chefe do Executivo local informado quase que imediatamente. No mesmo local, há a projeção de possíveis contaminações, as faixas etárias e o estado de saúde dos pacientes já confirmados, incluindo o histórico de transmissão.

O último dado tem como objetivo monitorar o exato surgimento do primeiro caso de transmissão comunitária, quando não é possível descobrir onde a pessoa adquiriu o vírus. Até aquele momento, seis pessoas haviam sido contaminadas no Distrito Federal. Os outros 79 pacientes receberam o vírus em viagens internacionais.

Veja o vídeo:

Cruzamento de informações

O monitoramento individual ocorre para que, com o cruzamento das informações, o governador tenha embasamento técnico para tomar as várias medidas enérgicas, como a ampliação do período de fechamento de escolas e parte do comércio. Para se ter ideia, sem o isolamento da população, um paciente com coronavírus pode contaminar até 400 pessoas durante 30 dias corridos.

Com essa média, a projeção de casos confirmados da Covid-19 chegaria a 16.279 pessoas.

Por isso, a partir do histórico do paciente, da rotina de cada um e das localidades em que reside e transita, os especialistas estudam barreiras e orientam o governante a deliberar determinações para evitar o contato de infectados com pessoas saudáveis.

“Recebemos as informações da rede de saúde, de todos os hospitais, laboratórios, de todos os casos, sejam eles em avaliação ou mesmo confirmados. Imediatamente, esses registros são confirmados e incluídos nos painéis de monitoramento”, detalha Paulo Medeiro, subsecretário de inovação tecnológica da Casa Civil.

De acordo com ele, o sistema é baseado em inteligência artificial que compara os dados do DF com os de outros países. “Para a gente ajustar o modelo e saber quais são as tendências para os próximos dias e antecipar em até uma semana o cenário”, afirma o subsecretário.

Foi a partir dessas projeções, por exemplo, que o governador teve embasamento para tomar medidas duras para a população, como a antecipação das férias escolares e o fechamento de comércios, parques públicos e de equipamentos culturais. Ibaneis foi o primeiro chefe de Executivo do país a editar decretos restringindo as atividades no DF, como templos religiosos.

Contenção de infecção

“Com as novas medidas adotadas, a tendência agora é de achatamento dos gráficos e ter uma estabilização dos dados. A gente vai ver, na próxima semana, informações que são referentes ainda à semana anterior, já que o vírus pode demorar até sete dias para se manifestar”, explica Paulo Medeiros.

Ele aponta que, sem medidas de contenção, uma pessoa infectada pode contaminar até 400 outras pessoas em 30 dias. Com as medidas adotas no DF, esse número vai reduzir para menos de 5%. “Por isso, é importante que a população leve a sério todas as recomendações dadas pelo governador, porque podemos chegar a um número de 1 a 1,5 contágios por paciente.”

Atualmente, segundo Paulo Medeiro, a maior parte dos pacientes se encontra com quadro clínico estável e em tratamento domiciliar.

“Isso é uma indicação de que nem todos os infectados vão precisar de internação. Na verdade, muita gente vai poder, com a medida certa, se tratar em casa, fazendo a própria quarentena e respeitando as regras que têm sido divulgadas. Poderemos assim sair dessa crise sem maiores problemas”, reforçou o subsecretário.

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