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Vídeo. “Não temos recursos. É desesperador”, desabafa enfermeira do DF

Tatiane Campos chorou ao falar da situação de sobrecarga no hospital e da falta de estrutura e materiais para enfrentamento da Covid-19

atualizado

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O relato de uma enfermeira lotada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) comoveu a internet. O vídeo foi divulgado nesta terça-feira (16/03) no Twitter de Douglas Protázio, criador da página Diário de Ceilândia.

A enfermeira Tatiane Campos, que trabalha no pronto-socorro do hospital, desabafou sobre a situação do local de trabalho. Ela gravou o vídeo nessa quinta (11/3), aos prantos, durante um plantão.

Assista: 

De acordo com ela, estão em falta materiais básicos como medicamentos, bombas de infusão, monitores, ventiladores, luvas e leitos com ponto de oxigênio. A estrutura da unidade também é precária, em sua avaliação.

“Saí do plantão extasiada, chocada, cansada, sem saber o que fazer”, afirmou ela no vídeo. “Não temos recurso nenhum para aguentar essa situação. É desesperador. Eu achei que nunca ia viver (isso). E, depois de um ano, as coisas estão complicando”, completou.

Ao Metrópoles, Tatiana afirmou que todos seus colegas estão sobrecarregados. São 27 pacientes em estado grave, segundo ela, precisando de oxigênio. Muitos são jovens.

“São dois enfermeiros e quatro técnicos em enfermagem para 27 pacientes, alguns intubados, outros em uso de oxigênio contínuo. Todos paciente graves, com alta dependência, necessitando de cuidados intensivos”, lamenta.

Outro lado

Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou possuir em estoque insumos e os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários ao atendimento dos pacientes; e que o uso racional é feito para reduzir o risco de futuros desabastecimentos.

Quanto ao oxigênio, a pasta afirma que o consumo nas unidades hospitalares é monitorado permanentemente pela empresa contratada, por meio de sistema próprio.

Confira a nota na íntegra:

“A Secretaria de Saúde informa que as unidades hospitalares estão apresentando superlotação, com número crescente de pessoas procurando por atendimento. Todas as unidades da rede pública estão trabalhando intensamente para que os pacientes sejam atendidos em curto espaço de tempo e da melhor maneira possível.

A pasta esclarece que tem em estoque insumos e os EPIs necessários ao atendimento dos pacientes. O uso racional é feito para reduzir o risco de futuros desabastecimentos.

A Secretaria de Saúde informa que o consumo nas unidades hospitalares é monitorado permanentemente pela empresa contratada, por meio de sistema próprio.

A secretaria esclarece que não estoca oxigênio, sendo o abastecimento feito diretamente pela empresa contratada para o serviço. O oxigênio líquido é fornecido para os hospitais e canalizado até o leito de UTI ou de enfermaria. Os contratos com as empresas White Martins Gases Industriais Ltda (oxigênio líquido – tanque criogênico) e Air Liquide Brasil Ltda (oxigênio cilindros) são para o fornecimento do produto.

A pasta esclarece que houve aumento no consumo do produto porque houve ampliação do número de leitos. O volume médio mensal de oxigênio hospitalar, no que se refere ao oxigênio líquido é de 300.000 m³ e no oxigênio gasoso o volume médio mensal é de 340 m³.

A quantidade de oxigênio contratado é suficiente para atender os níveis atuais e a projeção de aberturas de novos leitos informados pela área assistencial. Para evitar qualquer desabastecimento da rede de saúde e dar maior segurança ao atendimento, foi solicitado um aditivo contratual no percentual máximo permitido por lei.

A pasta ressalta que tem tomado todas as medidas de forma a não deixar desassistido nenhum paciente, incluindo a abertura de novos leitos de UTI, que tem ocorrido diariamente.

A secretaria destaca ainda que existe processo de compra em andamento para aquisição de medicamentos e para contratação de recursos humanos, além dos processos de ampliação de carga horária dos servidores efetivos.”

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