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Vídeo mostra momento que advogado chama jovem de “preta” e “fedorenta”

Caso ocorreu em uma loja localizada no Itapoã. Advogado foi preso por lesão corporal e injúria racial

atualizado

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Homem sem máscara em caixa de supermercado
1 de 1 Homem sem máscara em caixa de supermercado - Foto: Reprodução

Imagens do circuito interno de câmeras de segurança registraram o momento em que o advogado Everardo Braga Lopes, 60 anos, dispara palavras de injúria contra uma jovem de 25 anos, chamando-a de “preta” e “fedorenta”, em um supermercado do DF, na quarta-feira (15/12). Ele foi preso por lesão corporal e injúria racial.

O caso ocorreu em uma loja localizada no Itapoã. A vítima alegou ter sido humilhada após pedir para que o autor usasse máscara. Revoltado, ele xingou a mulher de “nojenta”, “preta” e “fedorenta”.

Vídeo. Advogado preso por injúria humilha funcionário da OAB: “Pobre”

Veja o momento das ofensas:

A vítima relatou que trabalha como fiscal de caixa em um atacadista. Por volta das 16h, o advogado entrou no supermercado sem máscara de proteção facial, razão pela qual foi orientado por funcionários do estabelecimento a colocá-la.

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A jovem lembra que, nesse primeiro momento, houve alteração por parte do autor, que passou a questionar preços de produtos da loja. Ao tentar adquirir uma mercadoria, Everardo Lopes passou a ofender a funcionária. Segundo a vítima, ele começou a “passar as mãos nos braços, dando a entender que ela seria pessoa de cor”. Outra funcionária também foi alvo dos ataques. Testemunhas relataram à polícia que ele chegou a se apresentar como juiz.

Durante a discussão, os funcionários alegaram que o advogado chegou a puxar a máscara da jovem, que estava no caixa, e disse: “Você tem focinho feio”, “Seu bafo está fedendo” e “Tem dente podre”. Ele também passava os dedos no braço, mostrando que “a cor dele era superior”.

O advogado, entretanto, afirma que não ofendeu a honra da funcionária e negou todas as acusações. Também não assumiu que tenha se apresentado como juiz, explicou que “apenas brincou sobre isso”. Ele disse que chegou a chamar uma jovem de “vagabunda” e defendeu que falar que “uma pessoa é preta não é racismo”.

Aos policiais, ele também disse que chamou a vítima de “Fiona” e que ela tinha “boca preta”. Everardo Lopes ficou detido na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) e passará por audiência de custódia.

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