Vídeo mostra invasor no Ministério do Trabalho. Ele foi levado à PF
Homem foi reconhecido por um vigilante no estacionamento perto da Catedral. No domingo, salas do órgão foram reviradas e objetos sumiram
atualizado
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Nesta terça-feira (17/7), o suspeito de invadir o Ministério do Trabalho, na Esplanada dos Ministérios, e revirar documentos foi levado para a Superintendência da Polícia Federal. Segundo o vigilante Santiago Nascimento Matos, o homem, um morador de rua, é o mesmo que aparece nas imagens captadas pelas câmeras de segurança do prédio, na madrugada de domingo (15), às quais o Metrópoles teve acesso.
O vigilante reconheceu o homem na manhã desta terça no estacionamento entre a Catedral de Brasília e o Ministério do Esporte. A polícia foi chamada e levou o morador de rua para averiguação. A PF não confirma se ele é considerado suspeito. Informa apenas que ele estava sem documentos e, por isso, foi levado à superintendência. O rapaz foi liberado. Antes, as impressões digitais dele foram colhidas.
Nas imagens, o homem aparece no corredor do ministério, forçando a maçaneta das portas. Ele está de bermuda. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o caso.
Nessa segunda-feira (16), por volta das 8h, servidores do Ministério do Trabalho encontraram salas reviradas e muito papel espalhado. O alvo do invasor foi o primeiro andar, conhecido como sobreloja, onde funciona o setor de seguro-desemprego e emissão de Carteiras de Trabalho.
De acordo com a assessoria do órgão, não havia sinal de arrombamento nas portas do prédio. Todos os funcionários que trabalham nas secretarias do andar foram dispensados. A PF fez a perícia e passou mais de três horas no edifício. As principais saídas do órgão tiveram de ser isoladas. Do lado de fora, um dos peritos federais buscavam digitais.
Registro Espúrio
O ministério é alvo da Registro Espúrio, deflagrada no fim de maio. Por este motivo, os policiais federais vão verificar se as salas invadidas têm documentos relacionados com a diligência. A operação obrigou a pasta a fazer um pente-fino nos processos de registro de sindicatos.
O Ministério Público do Trabalho (MPT), além da PF e do Ministério Público Federal (MPF), também investiga as fraudes. A medida é uma reação à nova fase da força-tarefa, que provocou a queda do ministro Helton Yomura no dia 5 de julho. O envolvimento de políticos e servidores no esquema está sob apuração.
Além de Yomura, são alvo da operação, em diferentes fases, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, pivô do escândalo do mensalão do PT, e os deputados Jovair Arantes (PTB), Paulinho da Força (Solidariedade), Wilson Filho (PTB) e Nelson Marquezelli (PTB). A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Jefferson, também é investigada na ação da PF.