Vídeo mostra agressor dançando com vítima de homofobia antes de ataque
Vídeo mostra um dos suspeitos de agredir um casal homossexual dançando com a vítima de homofobia momentos antes do ataque em bar no DF
atualizado
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Vídeo mostra um dos suspeitos de homofobia dançando com a vítima momentos antes das agressões. Bruno Vieira de Miranda e seu namorado, Luís Carlos Gomes, relatam que receberam socos, chutes e empurrões de um grupo de oito homens. O caso aconteceu na madrugada dessa terça-feira (1º/10) no bar Original Eskina BAE, em Ceilândia Sul.
O casal aproveitava a noite com amigos e conhecidos do trabalho quando perceberam que um desconhecido estava dando risadas e fazendo comentários sobre eles. Em dado momento, o rapaz chamou Luís Carlos para dançar perto do palco, mas o convite foi recusado educadamente.
“Esse vídeo foi depois que ele já tinha chamado o Luís, no qual ele recusou a ir. Depois disso ele veio até nós, já estávamos incomodados com a situação, eu e meu namorado comentamos sobre, até o momento que ele chegou dançando do meu lado. Vale ressaltar que momento nenhum chamamos ou demos intimidade para ele vir dançar do meu lado. Mas mesmo assim, ainda tratei ele bem e tranquilamente”, conta Bruno.
“Desde o início, ele já estava dançando ironicamente, chamando meu namorado pra dançar perto do palco de maneiras irônicas e pejorativas. Quando ele estava dançando do meu lado, já era um modo de deboche”, continua.
Veja:
O homem começou a xingar os jovens e partiu para cima do casal: “Ele foi até nós e dançamos ali [todos juntos]. Do nada, ele começou a falar: ‘eu sou homem, eu não sou viado’. E aí começou a discutir com meu namorado. Então, eles dois começaram a discutir, começou um empurra-empurra. Nos jogaram para dentro do banheiro e foi quando começou, por volta de uns oito caras, agredindo eu e meu namorado”.
As agressões ocorreram por alguns minutos até que uma equipe da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada e a confusão finalizada. Segundo Bruno, no entanto, os policiais não levaram os envolvidos para a delegacia e foram atender outras ocorrências.
“Tomei quatro pontos na testa e três na cabeça. Meu namorado está com as costas pisada, toda machucada. Ele levou quatro pontos no pé. […] Eu fico muito triste porque não imaginava que uma coisa dessa ia acontecer comigo. Sempre fui uma pessoa que soube me portar em todos os tipos de lugares que vou. Nunca imaginei que algo dessa forma fosse acontecer comigo. Então, eu queria muito que a justiça fosse feita, porque isso é inadmissível”, lamenta.
Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin). A Polícia Civil do DF (PCDF) investiga o caso.
Bar se posiciona
Em nota publicada nas redes sociais, o Original Eskina Bae afirmou que não tolera nenhum tipo de discriminação com os clientes e que o ocorrido foi um caso totalmente fora da realidade do bar que costuma receber diversos públicos, inclusive LGBTQIA+.
O estabelecimento se prontificou a colaborar com toda investigação policial para que os agressores sejam punidos. “O Original Eskina Bae lamenta o ocorrido e, em compromisso com nosso clientes e com a vítima, se coloca a disposição para maiores esclarecimentos”, conclui.