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Vídeo: mãe denuncia discriminação contra filha com síndrome de Down em shopping

Mãe afirma que a filha de 10 anos, mesmo com autonomia, foi impedida de brincar sozinha em atração infantil por ter Síndrome Down

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Criança de óculos ao lado da mãe - Metrópoles
1 de 1 Criança de óculos ao lado da mãe - Metrópoles - Foto: Reprodução

Uma criança de 10 anos, com síndrome de Down, teria sido discriminada e impedida de brincar no espaço infantil de um shopping do Distrito Federal, no Lago Norte. O episódio ocorreu na tarde desse domingo (16/7) e ganhou repercussão depois que a mãe, Melina Sales dos Santos, 43, denunciou nas redes sociais.

Presidente da Associação DFDown, Melina conta que, por a filha estar animada com as férias, resolveram ir ao shopping tomar um sorvete. Ao chegar no local, se depararam com a atração e resolveram brincar, como de costume.

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Mãe denuncia discriminação contra filha com síndrome de Down
Zilah e a mãe, Melina Santos
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Caso aconteceu na tarde desse domingo (16/7)

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Mãe denuncia discriminação contra filha com síndrome de Down

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Zilah e a mãe, Melina Santos

Arquivo pessoal

“Habituada a frequentar esse tipo de brinquedo, quando viu me pediu para brincar. Estava aguardando uma amiga que está com a mãe hospitalizada para nos encontrar e achei que seria uma boa oportunidade para ela brincar e conversar com mais tranquilidade com essa amiga, mas ao chegar na entrada a moça olhou para minha filha e sem fazer qualquer pergunta sobre a autonomia dela disse que ela não poderia entrar sem responsável ao lado dela”, revela a mãe.

Segundo o Melina, a atração aceita receber crianças a partir de 5 anos desacompanhadas, mas, crianças com deficiência, mesmo com total autonomia, exige um responsável ao lado. “Argumentei diversas vezes, inclusive citando a lei brasileira da inclusão, a atendente foi extremamente hostil e disse que se eu tivesse um problema com isso, que acionasse o SAC”, acrescenta.

Assista:

Para tentar amenizar a situação, a mãe precisou planejar uma desculpa para a filha. “Foi uma mistura de tristeza, raiva, impotência e preocupação. Naquele momento, minha filha não percebeu que foi alvo de discriminação por sua deficiência. Quando ela insistiu para entrar, dei uma desculpa, disse que estava lotado e que iríamos para casa brincar juntas, que seria bem mais legal”, diz.

“Ninguém quer que seu filho sofra e de forma arbitrária, apenas pelo fato de ela ter um cromossomo a mais e ter essa diferença num universo, em sua maior parte, neurotípico. É frustrante saber que sua filha terá que passar o tempo todo provando que é capaz. Lutamos todos os dias para que ela tenha autonomia para encontrar um espaço que de imediato já limita sua participação”, defende Melina.

Ainda segundo a presidente da DFDown, a família já enfrentou problemas semelhantes em outros shoppings no DF. “Hoje vamos registrar um boletim de ocorrência por discriminação à pessoa com deficiência. O que a gente espera é que desse caso infeliz saia algum aprendizado para que esse tipo de situação não se repita mais. Não se pode partir do pressuposto de incapacidade quando se trata de uma pessoa com deficiência”, finaliza.

Outro lado

O espaço é gerido pela Safári Diversão. A reportagem entrou em contato com a empresa focada em serviços de entretenimento infantil, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue em aberto para eventuais manifestações.

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