Vídeo. Jovem é alvo de injúria racial em roda de amigas no DF: “Preto”
Crime teria sido motivado após a vítima optar por não falar com as envolvidas. Ofensas foram publicadas na rede social de uma das autoras
atualizado
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“Não estou bem. Eu fui humilhado”. Assim, o estudante de odontologia Matheus Antunes Silva, 26 anos, alvo de injúria racial em uma roda de amigas, no domingo (24/4), no Gama, define o que têm sido os últimos dias.
Em vídeo publicado na rede social de uma das autoras, a jovem dispara: “É preto e ainda fica tirando os outros de tempo”. “Não passa um desodorante”, completa a segunda.
Assista:
Tudo aconteceu em um campeonato de futevôlei na cidade. Matheus foi até o local, mas optou em não falar com as mulheres que o atacaram nas redes. Após isso, elas teriam feito o vídeo com as ofensas. “Só as conheço de vista da cidade, já conversei algumas vezes, encontrei em algumas festas, mas nada de amizade”, explica o estudante.
O ataque foi publicado na ferramenta “close friends”, do Instagram, onde permite apenas que usuários escolhidos possam visualizar a publicação. No entanto, acabou vazando na internet. “Eu não percebi nada no momento. Só vi depois, quando estava circulando na internet”, conta Matheus.
“Graças a Deus, eu tive uma educação muito boa. Minha mãe sempre me preparou para quando acontecesse isso, que eu precisava ser forte. Mas não vou dizer que estou bem, porque não estou. Eu fui humilhado na internet”, lamenta o jovem.
“Está difícil continuar nas outras áreas da minha vida. Estou muito triste e abalado; foi um trauma. Estou procurando me fortalecer em Deus, e que a Justiça possa me ajudar”, destaca Matheus.
O caso é tratado com o advogado da vítima e ainda não foi apresentado à polícia. “Esse evento totalmente desprovido de boa-fé deixou o Matheus muito abalado. Assemelha-se a terrorismo. Ele teve crise de pânico”, revela o defensor Elias Soares da Costa. “Já foi atendido por um psicólogo para tentar amenizar um pouco os danos.”
Ainda nesta semana, uma ocorrência deve ser registrada. “Vamos processar essas pessoas que cometeram esse crime”, finaliza Elias.
O Metrópoles tentou entrar em contato com as envolvidas, mas as redes sociais delas haviam sido apagadas. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
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