Vídeo. Homem agride criança que brigou com filho em condomínio
Caso está registrado na DPCA. Adulto empurra um menino de 11 anos na parede ao ver o filho cair, em condomínio no Guará
atualizado
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Uma briga entre crianças resultou em uma agressão de um adulto contra uma criança, no dia 15/11/2019, em condomínio no Guará. Um menino de 10 e outros de 11 anos começaram a brigar por conta de desentendimentos durante uma partida de futebol. A discussão começou na quadra desportiva do condomínio e foi até o bebedouro, quando os garotos trocaram empurrões, chutes e socos.
A briga ocorreu na QE 40 do Guará ll. De acordo com o vídeo, o menino de 11 anos empurra o outro garoto contra o bebedouro. Depois, leva outro empurrão. Os atos descambam para a luta corporal dos envolvidos. Um dos pais que estava no local, ao ver a cena, partiu para cima da criança de 11 anos e o empurrou contra uma parede.
Veja o vídeo:
Empurrão
Segundo relatos da mãe do menino de 11 anos, a agressão não parou no empurrão. Após a criança ter batido na parede, ele e o agressor foram para um local sem câmeras. Lá, o suspeito levantou o garoto, puxando-o pela roupa.
“Segundo testemunhas, ele levantou meu filho. Depois, foi ver o filho dele e notou que estava com a boca machucada. Ele volta e pressiona meu filho contra a parede. Isso só terminou quando a mãe do aniversariante veio intervir”, afirmou a mãe da criança.
A mãe diz que o jovem não era de arrumar confusões. A briga se originou, de acordo com ela, por conta de “discussões de jogo”. “Tudo começou nessa festinha de aniversário dentro do condomínio. Eu morava lá até um dia antes de situação acontecer (a família ficou no condomínio durante quatro anos)”, lembra.
“Tudo tem início quando o filho caçula do agressor vai beber água. Meu filho chega perto dele falando do jogo. Aí começa o problema. O irmão mais velho do menino chega empurrando meu filho, que se defende. A criança que o empurrou caiu no chão. Quando o pai dele viu isso, partiu pra cima do meu filho empurrando-o e proferindo agressões verbais.”
Registro
O caso foi registrado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O agressor ainda vai se apresentar para ser ouvido. A mãe da vítima afirmou que, após o ocorrido, nem ela e nem o pai do jovem chegaram a conversar com o suspeito.
O acusado, por sua vez, não respondeu à reportagem até a publicação da matéria. O Metrópoles não conseguiu falar com a síndica do condomínio, entretanto, os funcionários afirmaram que não estavam autorizados a falar sobre o caso.
Condomínio no Guará II onde ocorreu a confusão
Impacto psicológico
A mãe afirma que conversou com o filho, mas, depois, preferiram não tocar mais no tema. “Ele tem exposto isso (sentimentos sobre a situação) para a psicóloga, a amigos da escola e professores. Teve uma aula em que ele falou que o único sentimento era o de tristeza, por saber que o pai de um amigo dele teria se zangado e agredido ele”, conta.
“É a mentalidade de uma criança apenas. O que mais me surpreende é que ele (o agressor) é pai e teve uma intervenção tão bruta como essa. Era alguém maior contra uma criança bem menor do que ele. A punição virá da Justiça”, espera a mãe.
Octogonal
No dia 9 de dezembro de 2018, cenas parecidas ocorreram na Octogonal 9. Um casal agrediu uma criança de apenas 6 anos. Imagens mostram que um garoto tropeçou sozinho ao jogar bola, caiu e bateu a boca no chão. Depois, a mesma criança aparece no colo do pai. O homem põe o filho no chão e atravessa a quadra, até se aproximar do visitante que ali brincava.
O adulto segura os dois braços do pequeno para que seu filho o soque. Depois, ambos saem de cena. Na sequência, a mãe do menino machucado na queda aparece e empurra com as duas mãos o garoto que já havia sido socado. Ele cai no chão e a mulher deixa a quadra.
O casal entrou em acordo com a Justiça. Eles doarão R$ 10 mil à Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer (Abrapec).