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Vídeo: funcionário de ótica é agredido por moradores de rua no DF

Pelo menos dois homens acertaram golpes no trabalhador que chegava ao trabalho nesta segunda-feira. Imagens gravaram momento da confusão

atualizado

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homem de camiseta preta acerta golpe em rosto de homem de casaco vermelho
1 de 1 homem de camiseta preta acerta golpe em rosto de homem de casaco vermelho - Foto: Reprodução

Um funcionário que trabalha no Setor Comercial Sul (SCS) foi agredido por pelo menos duas pessoas em situação de rua nesta segunda-feira (23/5). Os ataques ao colaborador foram gravados pelas câmeras de segurança das Óticas Diniz.

As imagens mostram o funcionário, de casaco vermelho, sendo agredido por um homem de camiseta preta e outro de casaco cinza. Enquanto é perseguido por três pessoas, o trabalhador acerta um golpe no homem de casaco cinza, no entanto, um outro de camiseta preta desfere um tapa.

Depois disso, o funcionário pega uma câmera fotográfica que caiu durante a briga, no momento em que um dos agressores joga um objeto na direção do funcionário, mas as imagens cortam antes da cena ser finalizada.

Veja as imagens:

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Pelo menos duas pessoas em situação de rua atacaram funcionário
Gravações pegaram momento em que pessoas em situação de rua acerta golpe em funcionário
Funcionário achou que entrada da loja havia sido forçada
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Funcionário foi acredito pela manhã, quando ia entrar no escritório de uma ótica

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Pelo menos duas pessoas em situação de rua atacaram funcionário

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Gravações pegaram momento em que pessoas em situação de rua acerta golpe em funcionário

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Funcionário achou que entrada da loja havia sido forçada

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Segundo a dona do estabelecimento, Aline Diniz, diariamente os funcionários tem de lidar com o assédio das pessoas em situação de rua, mas, desta vez, o que eram apenas agressões verbais, descambaram para a violência física.

“Hoje pela manhã, na hora que meu funcionário chegou para trabalhar, ele achou estranho porque achou que a porta estava forçada e que tinham tentando arrombar. Ele foi tirar uma foto e o pessoal foi para cima dele”, explicou a empresária.

Aline afirmou que outro funcionário foi procurar a Polícia Militar num postinho que fica no Setor Comercial Sul, no entanto, os militares afirmaram que não poderiam “chegar perto” dos moradores de rua. “Eles disseram que alguns PMs estão respondendo até hoje a processo na Corregedoria da última vez em que mexeram com moradores de rua”, afirmou Aline.

Pandemia faz população em situação de rua quadruplicar no DF

A empresária reclama da sensação de insegurança no Setor Comercial e pede ajuda das autoridades para resolver a situação. “A gente procurou tudo o que você possa imaginar dessa parte da administração. Não é possível que não exista um outro olhar [para as pessoas em situação de rua], pra ver se as autoridades de alguma forma tomem providência, porque o comércio ali já acabou. O que mais vai acontecer pra eles tomarem providência?”, questionou.

O funcionário abriu boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).

O que dizem as autoridades

Questionada, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) afirmou que acompanha os principais bolsões de concentração de pessoas em situação de rua em Brasília e oferece acolhimento intitucional. Entretanto, caso essas pessoas se recusem a sair do locais voluntariamente, a pasta não pode retirá-los a força (veja a íntegra do posicionamento abaixo).

A Polícia Militar afirmou que a vítima procurou o posto da corporação que fica no Setor Comercial Sul, mas foi pedido que se retirasse as pessoas em situação de rua da frente do comércio, o que não pode ser feito pelos militares. A Força disse ainda que segue as recomendações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) na abordagem a essa população vulnerável (veja a íntegra do posicionamento abaixo).

A reportagem também procurou a Administração do Plano Piloto, mas até a última atualização desta reportagem não obteve resposta. O espaço continua aberto para manifestações futuras.

Veja a íntegra do posicionamento da Sedes:

“A Secretaria de Desenvolvimento Social informa que acompanha periodicamente os principais bolsões de concentração de pessoas em situação de rua do DF. Esse serviço é feito pelas equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social, que conta com 28 equipes. O trabalho desses profissionais é de apresentar os serviços da política de assistência social do Distrito Federal. Além disso, ofertar o acolhimento institucional. Caso seja recusado, essas equipes não podem retirar compulsoriamente o cidadão daquele lugar. Em caso de cidadãos incorrendo em ilícito ou com questões relacionadas à saúde, esse trabalho é feito por outras políticas públicas.”

Veja a íntegra do posicionamento da PMDF: 

“A PMDF informa que na manhã desta segunda-feira (23), a suposta vítima foi ao posto policial e relatou que entrou em vias de fato com pessoas em situação de rua que estavam em frente ao seu estabelecimento comercial. Ele pediu para os policiais irem ao local retirar os moradores de rua da frente do seu comércio.

Os policiais explicaram que a retirada compulsória não seria possível, mas que agindo dentro da legalidade, poderiam levar o denunciante e todos os envolvidos até a delegacia para registrar uma ocorrência, ou confeccionar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) que poderia ser feito no local dos fatos. Ele recusou e insistiu que queria apenas retirar as pessoas em situação de rua da frente do comércio. Diante das circunstâncias, não havia como atender à solicitação por extrapolar os limites da legalidade da ação policial.

Ressaltamos ainda que a corporação busca seguir rigorosamente as diretrizes da Recomendação nº 03/2021 do Ministério Público do Distrito Federal e Território que versa sobre abordagens à população em situação de rua.”

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