Vídeo. Em velório no DF, terreno cede e família cai dentro de túmulo
Duas pessoas entraram na cova e uma delas ficou ferida. Elas velavam o corpo da idosa Rosalina Gonçalves de Freitas, falecida aos 85 anos
atualizado
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Além da dor da perda de um ente querido, a família de Daniele Barreira, 42 anos, precisou lidar com o constrangimento de ser “engolida” pela cova vizinha de onde sua parente era sepultada no cemitério de Taguatinga. De acordo com a mulher, parte do túmulo ao lado cedeu, “puxando as pessoas para baixo”.
Segundo Daniele, ela e familiares estavam no cemitério nesta sexta-feira (4/1) para o velório da avó, Rosalina Gonçalves Freitas, que morreu aos 85 anos em decorrência do mal de Alzheimer. O que era para ser uma cerimônia de despedida acabou virando uma enorme dor de cabeça para a família, que pretende recorrer à Justiça pelo constrangimento causado.
Foi um baque muito grande. Os filhos [de Rosalina] ainda estão muito abalados. A cerimônia nem tinha terminado ainda e essa infelicidade aconteceu
Daniele Barreira
Neta da falecida, Daniele relata que a madrinha e um primo caíram na cova que se abriu. Com a queda, a mulher machucou o pé e decidiu acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o socorro. Como se não bastasse, a ambulância também teve problemas com o solo fofo do cemitério e ficou atolada.
A neta ainda conta que os coveiros “pediram desculpas” e revelaram não se tratar do primeiro caso. “Fui informada de que estes episódios têm se tornado comuns no cemitério. Um deles me disse, inclusive, que acabou se ferindo em uma das erosões”, relatou ao Metrópoles.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da unidade lamentou o ocorrido e disse que as causas do desabamento serão investigadas. “Os reparos necessários estão em andamento e são feitos pela equipe de engenharia da empresa. A concessionária está em contato com as pessoas envolvidas e assumirá todo o custo médico referente ao incidente”, completou em nota.
Relatório
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) fez uma auditoria nos seis cemitérios da capital da República e constatou falhas. Entre elas, falta de conservação dos túmulos, de cercamentos e de locais para cremação. O relatório também aponta a cobrança abusiva de juros sobre serviços com pagamento parcelado.