Vídeo. Desolados, bolsonaristas no QG discutem: “Só quer saber de Pix”
“Covarde, só quer saber de Pix”, disse um dos manifestantes se dirigindo a uma das lideranças do movimento antidemocrático
atualizado
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O grupo de bolsonaristas acampados há 63 dias em frente ao QG do Exército, em Brasília, voltou a ter pensamentos diferentes e bater boca neste domingo (1º/1).
Após uma das lideranças subir ao carro de som para tentar levantar o ânimo dos “patriotas” e pedir doações para manutenção do acampamento, uma parcela discordou e promoveu insultos. “Covarde, só quer saber de Pix”, disse um deles.
Incomodado com as ofensas, o representante rebateu. “É muito simples: quando eu sair daqui, vocês quebram minha cara”.
Assista:
Após quase três meses prometendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não subiria a rampa do Palácio do Planalto para tomar posse, o movimento no QG do Exército perdeu força. Após o petista assumir oficialmente o mandato, o grupo acampado desanimou e muitos decidiram fazer as malas e voltar pra casa.
Após grande desmobilização, sobraram alguns poucos extremistas, que prometem resistir “até que as Forças Armadas tomem o país”.
Uma das lideranças do acampamento subiu no carro de som e mantinha o discurso que haverá uma reversão no cenário político que fará com que Lula deixe de ser presidente. “Nós vamos ver qual será a aceitação do Brasil. Ainda não temos as consequências do que vai acontecer hoje, amanhã ou depois”, disse.
A mensagem também foi direcionada aos desanimados que deixaram o QG durante a posse de Lula. “Não vão para casa achando que foi em vão”, alertou. “Enquanto o Exército não pedir para sair, vamos permanecer”.
Assista bolsonaristas deixando o QG do Exército:
Mais cedo o Metrópoles mostrou que ao menos sete ônibus deixaram o local, além de carros particulares com malas e utensílios utilizados no decorrer do acampamento.
Os que optaram por permanecer nas redondezas do QG, defendiam posicionamentos diversos. Num carro de som, numa espécie de louvor religioso, o clima era de aceitação. “Temos de aceitar a vontade de Deus”.
Já a poucos metros dali, nas barracas, a inconformidade tomou conta. “A gente rezou de joelhos para isso? Deus tenha misericórdia”, exclamou um manifestante. “Quero saber para onde vou”, disse outro.