Vídeo: desavença por dívida termina em facada e cadeirada em mercado do DF
Caso aconteceu na última quinta-feira (8/10) no Paranoá e é investigado como tentativa de homicídio
atualizado
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Uma discussão relacionada a uma dívida de R$ 30 mil terminou registrada na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como tentativa de homicídio. O caso ocorreu na última quinta-feira (8/10), no Paranoá. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que uma discussão se inicia. Após troca de empurrões, barra de ferro e uma peixeira são utilizadas para agredir o homem que estava em busca de receber o débito.
Conforme explicou a vítima dos golpes, em depoimento à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), vários equipamentos, como computadores e balanças, foram vendidos a um hortifruti que tinha duas unidades: uma em Planaltina e outra no Paranoá. A primeira acabou falindo e devolveu os equipamentos como forma de diminuir a dívida, já a segunda teria parado de honrar os compromissos.
Como forma de tentar achar uma alternativa para resolver a questão, a advogada Roberta Tozetti diz ter entrado em contato com os devedores e acordou um termo de reconhecimento de dívida, com previsão de pagamento parcelado, que deveria ter sido assinado no dia da confusão. “Era algo que estava acordado uma semana antes. Era apenas para pegar a assinatura”, conta.
O problema começou após a suposta recusa dos devedores de confirmar a dívida. Conforme é possível ver pelo vídeo, o homem de camisa branca discute com um rapaz de blusa preta. Após empurrões e dedo na cara, o funcionário do mercado pega uma cadeira e joga no homem que cobrava a dívida.
Em poucos segundos aparecem mais duas pessoas – um homem com uma peixeira e uma mulher com barra de ferro. O funcionário com o facão é filho do dono do estabelecimento e, segundo a vítima, teria dito: “Eu vou te matar, eu sou bandido. Ninguém cobra minha família não”.
Confira as imagens:
O caso foi registrado na 6ª DP. Segundo a delegada-chefe Jane Klébia, não interessa a disputa que há pelo dinheiro. Para ela, o que as imagens mostram é algo claro. “Tentativa de homicídio. O que importa para nós é o que aconteceu ali no vídeo”, explica.
Legítima defesa
Procurada, a advogada do dono do estabelecimento, Sandra Dulastro, afirma que há uma inversão no caso. “O que houve foi uma legítima defesa mediante provocação. Ele [o cobrador] vinha ameaçando a família há tempos já”, explica.
Conforme ela conta, o contrato era cheio de vícios e a família fez certo em se recusar a assinar o termo de reconhecimento de dívida. Diante disso, o homem que aparece sendo agredido no vídeo teria se exaltado. “Ele tentou intimidar e não é de hoje. Disse que ia nos matar e tem ligado e ido atrás da gente faz bastante tempo”, encerra a advogada.