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Vídeo de rato em açougue de supermercado no DF viraliza na internet

Rede de supermercados Vivendas diz que filmagem é de três anos atrás. Vídeo vem à tona após caso de injúria racial envolvendo a empresa

atualizado

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Reprodução/Vídeo
Rato em açougue
1 de 1 Rato em açougue - Foto: Reprodução/Vídeo

Vídeo que mostra um rato no açougue de unidade da rede Vivendas, no Distrito Federal, tem circulado em grupos de WhatsApp e na internet. De acordo com a empresa de supermercados, no entanto, a filmagem é de três anos atrás.

Na gravação, é possível ver um rato passando em cima de um pacote de linguiça de frango, no açougue do mercado. Confira:

A filmagem vem à tona no momento em que o Vivendas é criticado na internet por ter demitido um funcionário que denunciou ter sido vítima de injúria racial em uma das lojas da rede (veja mais abaixo).

Nas redes sociais, o supermercado tem sido alvo de comentários negativos:

O que diz o Vivendas

Segundo a rede de supermercados, a imagem do rato no açougue foi registrada na unidade do Gama Oeste. Em nota, o Vivendas informou que segue “rigorosa rotina de limpeza e dedetização por empresas especializadas e homologadas” e que o vídeo pode “ter sido manipulado por alguém, na tentativa de denegrir a imagem da empresa”.

Confira a íntegra:

“Recebemos, através das redes sociais, um vídeo em que uma das lojas apresenta irregularidades sanitárias no açougue. A denúncia foi averiguada e confirmamos que o vídeo se trata das dependências de uma de nossas lojas (sic).

Para aqueles que insistem em divulgar este vídeo, relatando que se trata de uma situação atual, gostaríamos de deixar claro que os mesmos está (sic) espalhando fake news!

Tivemos acesso a esse vídeo a mais de 3 anos atrás (sic). Porém queremos deixar claro alguns fatos: No próprio vídeo, é possível verificar que não há funcionários no açougue, não há clientes na loja e até mesmo a balança está desligada. Possivelmente este vídeo foi feito em horário que a loja não se encontrava em funcionamento, podendo, até mesmo, ter sido manipulado por alguém, na tentativa de denegrir a imagem da empresa. O nosso jurídico, juntamente com a nossa equipe, desde então, vem investigando o caso.

Seguimos uma rigorosa rotina de limpeza e dedetização por empresas especializadas e homologadas. Recebemos constantemente visitas da vigilância sanitária e de órgãos de fiscalização que comprovam toda a limpeza e higienização de nossas lojas.

Estamos à disposição de todos aqueles que desejarem visitar as dependências das lojas para se certificar do nosso compromisso com o cuidado e a limpeza. Quanto à falsa denúncia, nossos advogados já estão tomando as medidas necessárias.”

PCDF investiga injúria racial

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga crime de injúria racial sofrido por Douglas Ferreira Lustosa, 18 anos, que trabalhava como repositor de uma loja da rede de supermercados Vivendas. O caso aconteceu no último dia 12.

Segundo informações da ocorrência registrada na 20ª Delegacia de Polícia (Gama), a situação ocorreu no estabelecimento localizado na CL 416, em Santa Maria.

Em depoimento à PCDF, a vítima contou que estava trabalhando no supermercado, quando um amigo, que também presta serviço no local, avisou que uma funcionária da limpeza havia perguntado por Douglas, referindo-se a ele como “preto sujo”.

Outro funcionário do mercado contou que a mulher se aproximou dele e perguntou: “Cadê aquele preto? Ele agora trabalha à noite. Será que aquele preto velho gostou do banho no pé dele, aquele saci-pererê?”, descreve trecho da ocorrência.

Após sofrer o ataque racista, o jovem chamou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que conduziu os envolvidos até a delegacia.

Douglas também afirmou à polícia que havia se desentendido com a agressora dias antes do ocorrido. Na oportunidade, a colega de trabalho jogou água no pé dele.

De acordo com a PCDF, o inquérito do caso foi aberto. A mulher acabou indiciada, pagou fiança e está em liberdade.

Em nota, o Grupo Vivendas tratou o caso como um “episódio isolado”. “Dois colaboradores se desentenderam perante clientes e funcionários, tanto um, quanto outro, agredindo de forma recíproca, utilizando-se de palavras indecorosas, desmerecedoras e até racistas. A gravidade do episódio causou enorme sofrimento e indignação em todas as pessoas presentes (clientes e colaboradores)”, informou.

Além disso, a empresa destacou que “atos racistas, como o ocorrido na última sexta feira, por briga entre funcionários, são frequentes na vida das pessoas negras e devem ser combatidos firmemente, evitando qualquer forma de cumplicidade”.

Segundo o Grupo Vivendas, ambos os funcionários estavam em contrato de experiência e não terão os contratos renovados, mas também “em virtude de redução de quadro por motivos da pandemia da Covid-19.”

“Estes fatos ocorridos recentemente contra mulheres, indígenas, negras, negros, lésbicas, gays, transgêneros são profundamente lamentáveis, e chamam a atenção para a necessidade urgente de uma ação de ordem federal mais profunda em relação ao racismo e toda e qualquer forma de discriminação”, reforçou.

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