Vídeo. Cachorrinha estuprada no Entorno do DF segue internada
Gravemente ferida, cadelinha está internada no DF. A Polícia Civil de Goiás prendeu o acusado pelo abuso. O homem de 55 anos nega os crimes
atualizado
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Uma cachorrinha, filhote de pastor alemão, de apenas 6 meses de vida, foi estuprada e espancada em Alto Paraíso (GO), no Entorno do Distrito Federal. Kira, como é chamada, foi levada para recuperação em uma clínica no DF e, até quinta-feira (26/5), ainda estava internada. Os gasto veterinários já superaram o patamar de R$ 7 mil.
Segundo testemunhas, a cadelinha seria alvo frequente de agressões e abusos cruéis em uma propriedade rural no munícipio, ao longo dos últimos meses. O caseiro do local é acusado pelos crimes.
Em 7 de maio, testemunhas denunciaram os abusos à Polícia Civil de Goiás (PCGO). Além dos relatos, apresentaram um vídeo, mostrando a cachorrinha extremamente fragilizada e com forte sangramento.
“As testemunhas contaram que o caseiro batia nela de diversas formas. Jogava ela para o alto e via ela caindo no chão”, contou Bárbara Natal Duttini, delegada titular da delegacia de Alto Paraíso.
Delegada comenta o caso:
O caseiro seria usuário de entorpecentes, neste caso crack. Segundo a delegada, ele teria inclusive ameaçado de morte quem tentasse interceder por Kira – até mesmo o tutor da cadela. “O tutor também foi ameaçado. O caseiro disse: esse negócio a gente resolve no facão. Eu vou te capar”, contou a delegada. Logo após a ameaça, o acusado fugiu da cidade.
“Casos de maus-tratos costumam envolver adestramento e abandono prolongado, mas esse se diferencia, porque não encontramos uma justificativa. É pura crueldade. Não houve justificativa. Foi crueldade”, contou a delegada.
Com medo, a cachorrinha buscava refugio e dormia em terrenos da vizinhança. O proprietário do imóvel e tutor de Kira não tinha conhecimento das agressões. Ao saber dos episódios, demitiu o colaborador.
O laudo veterinário apontou hemorragia, apatia letargia, paralisia nos membros inferiores e posteriores, além de algia e mialgia na região lombar, tórax e sacral.
Prisão preventiva
Diante da gravidade das denúncias, a Justiça autorizou o mandato de prisão preventiva. Na terça-feira (24/5), o acusado foi preso em Valparaíso (GO). O caseiro negou a autoria dos crimes.
A Polícia Civil não divulgou o nome do caseiro, mas é um homem de 55 anos sem antecedentes criminais. Ele segue preso e responderá por maus tratos, continuidade delitiva e ameaça.
A pena por maus tratos é de 2 a 5 anos de prisão, mas pela continuidade a reclusão pode receber aumento de um sexto a dois terços.
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