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Vídeo. Após protesto, ambulantes entram em confronto com PMs na Rodoviária

Segundo vendedores, confusão começou quando policial atacou menina que cuidava de banca. Polícia diz ter agido para conter depredação

atualizado

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ambulantes entram em confronto com a PM na rodoviária do Plano Piloto
1 de 1 ambulantes entram em confronto com a PM na rodoviária do Plano Piloto - Foto: Reprodução

Um protesto de ambulantes pelo direito de venderem seus produtos na área central de Brasília terminou em tumulto, na Rodoviária do Plano Piloto, no fim da tarde desta quinta-feira (1º/10). Os vendedores entraram em confronto com a Polícia Militar e duas pessoas foram detidas.

Segundo os ambulantes ouvidos pelo Metrópoles, a confusão começou quando os PMs cercaram uma garota de 14 anos que cuidava do carrinho de açaí da mãe. “Deixei minha filha cuidando do carrinho quando ela me ligou, avisando que os policiais tinham tomado [o carrinho] dela”, contou Marcela Cruz, 39 anos, mãe da garota.

De acordo com a vendedora Josielma Nunes, 35 anos, que vende roupas na rodoviária, os policiais chegaram inclusive a apontar uma arma para a menina. “Foi aí que todo mundo se revoltou e a população começou a atacar os policiais”, narrou Josielma. “Não aguentamos mais tanta humilhação”, completou.

Depois da confusão, Marcela e um outro manifestante foram detidos pela polícia. A dona do carrinho de açaí foi solta, mas o outro ambulante permaneceu detido.

Veja imagens do tumulto na rodoviária:

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Vendedor diz ter sido agredido por policial militar
Vendedora acusa policiais de ter machucado seu quadril
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Ambulantes mostram machucados após confronto com PMs

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Vendedor diz ter sido agredido por policial militar

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Vendedora acusa policiais de ter machucado seu quadril

Arquivo pessoal
Depredação

Acionada pela reportagem, a Polícia Militar do Distrito Federal afirma ter agido para conter a depredação do patrimônio público no terminal rodoviário e garantir a circulação do transporte coletivo, cujo fluxo chegou a ser interrompido pelos manifestantes, revoltados com a ação contra o comércio ilegal. Os ambulantes também teriam arremessado lixeiras, paus e pedras, conforme a corporação.

Confira a íntegra da nota da PMDF: 

“A ação conjunta do DF Legal com apoio da PMDF para combater o comércio ilegal na Estação Rodoviária de Brasília (ERB), por volta das 16h desta quinta-feira (1º), resultou em tumulto por parte dos ambulantes, conforme mostram as imagens enviadas [pela corporação à imprensa].

Como a atuação dos auditores fiscais de apreender mercadorias não agradou os ambulantes, eles reagiram com badernas, impedindo o fluxo dos ônibus no local, além de arremessarem lixeiras, pedaços de paus e pedras.

Após isso, com o emprego de efetivo de policiais militares do Comando de Missões Especiais da PMDF, os ambulantes começaram a depredar as escadas rolantes da ERB, vindo a agravar a situação.

A PMDF agiu no sentido de evitar a depredação do patrimônio público e a incolumidade das pessoas, buscando manter a ordem e a paz social no local.

Uma mulher foi presa por desacato e um homem por agressão física a um policial militar. A ocorrência foi registrada na 5ª DP [área central]”.

Truculência

Os vendedores acusam os policiais de truculência e dizem que a repressão ao trabalho deles teria ficado mais intensa após começarem a cobrar do governo local garantia de que poderão continuar exercendo suas atividades no centro da capital, incluindo a Rodoviária do Plano Piloto e o Setor Comercial Sul.

Na tarde dessa quarta-feira (30/9), os comerciantes já tinham realizado um protesto em frente ao Palácio do Buriti (veja imagens abaixo), contra operações desencadeadas pela Secretaria do DF Legal. Há duas semanas, a pasta aprendeu produtos armazenados de forma irregular em galpões localizados no Buraco do Rato, no Setor Comercial Sul.

 

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Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria DF Legal informa que “o trabalho para coibir o comércio ambulante é feito em conjunto com as forças de segurança e em cumprimento a ordem de serviço 135/2019 RA-I, que impõe a Zona Central de Brasília como área excludente de comércio ambulante”.

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