metropoles.com

Vídeo: após buscas em imóvel, Naja que picou estudante está desaparecida

Aluno de medicina veterinária foi atacado pelo animal peçonhento que criava em casa e está em coma induzido

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Material Cedido ao Metrópoles
Ibama tenta apreender cobra naja no DF
1 de 1 Ibama tenta apreender cobra naja no DF - Foto: Material Cedido ao Metrópoles

Agentes da Polícia Civil do Distrito Federal e fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram, na tarde desta quarta-feira (8/7), a um dos endereços ligados ao estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, picado pela cobra Naja kaouthia. O objetivo era apreender a serpente, que é extremamente venenosa e não tem registros oficiais de entrada no Brasil. Por volta das 19h30, a serpente foi achada perto do Shopping Pier 21.

O jovem está internado, em estado grave e em coma induzido, no Hospital Maria Auxiliadora, no Gama. Conforme fontes policiais relataram ao Metrópoles, o padrasto de Pedro encontrava-se do lado de dentro da residência da família, no Guará, onde policiais da 14ª Delegacia de Polícia e fiscais do meio ambiente tentavam negociar a apreensão da serpente. Ele, porém, teria se negado a colaborar inicialmente.

Os oficiais aguardavam um mandado de apreensão em carácter de urgência a ser expedido pela Justiça para que a Naja fosse, enfim, capturada. Contudo, após negociações, a entrada no apartamento foi autorizada pela família, mas as autoridades não localizaram a cobra.

No imóvel, policiais e agentes do Ibama encontraram apenas gaiolas onde ficam camundongos usados na alimentação da serpente. As buscas prosseguem.

Veja imagens da movimentação dos policiais no local: 

4 imagens
Segundo o Ibama, não há registro oficial da entrada do animal no país
Movimentação em prédio no Guará: vizinhos temiam que a cobra invadisse outros apartamentos pela tubulação
Carro do Ibama em frente ao edifício: padrasto do estudante picado não teria colaborado com autoridades
1 de 4

Policiais da 14ª DP e agentes do Ibama foram ao endereço ligado ao estudante picado por Naja para tentar capturar a serpente

Carlos Carone/Metrópoles
2 de 4

Segundo o Ibama, não há registro oficial da entrada do animal no país

Carlos Carone/Metrópoles
3 de 4

Movimentação em prédio no Guará: vizinhos temiam que a cobra invadisse outros apartamentos pela tubulação

Carlos Carone/Metrópoles
4 de 4

Carro do Ibama em frente ao edifício: padrasto do estudante picado não teria colaborado com autoridades

Carlos Carone/Metrópoles
Vizinhos apreensivos

No local, é grande a preocupação dos vizinhos do estudante. Eles temem que a Naja tenha sido descartada no vaso sanitário e chegue a outros apartamentos pela tubulação do prédio.

“Gente, o dia começou sombrio mesmo! Acabou de passar no jornal um estudante de veterinária está na UTI pois foi picado por uma cobra Naja. Quando mostrou a foto dele, mais de 200 mensagens no grupo do condomínio. Ele criava as cobras em casa, e ele mora onde? No meu condomínio, na minha torre, na minha prumada!”, registrou uma moradora no grupo de WhatsApp do prédio.

“Eu tenho pavor de cobras! E ano passado uma cobra fugiu do aquário caseiro num bairro aqui do lado, fugiu pela tubulação elétrica e entrou num apto vizinho. Não vou nem dormir mais a noite!”, completou a mulher.

Veja imagens do estudante picado e do animal que ele criava:

6 imagens
Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF
Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia
No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro
Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada
A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo
1 de 6

Pedro é estudante de medicina veterinária

Arquivo Pessoal
2 de 6

Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF

Material Cedido ao Metrópoles
3 de 6

Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

Material Cedido ao Metrópoles
4 de 6

No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

Material Cedido ao Metrópoles
5 de 6

Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada

Material Cedido ao Metrópoles
6 de 6

A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo

Material Cedido ao Metrópoles
Supervenenosa

A PCDF investiga como a Naja chegou ao Brasil. O animal integra a lista das serpentes mais venenosas do mundo e seu paradeiro segue desconhecido. Quem a criava não tinha autorização.

As suspeitas de investigadores da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) é que a serpente tenha sido alvo de tráfico internacional de animais exóticos.

No DF, segundo o Ibama, não existe registro, nos últimos anos, da entrada legal de uma serpente dessa espécie. “Vamos apurar a procedência desta cobra, que naturalmente  não chegou ao DF pelas vias normais de importação”, afirmou uma fonte policial ouvida pelo Metrópoles.

Pelo fato de o habitat dessa espécie se estender por toda a África, sudoeste, sul e sudeste Asiático, bem distante do continente brasileiro, de acordo com informações do Ibama, trata-se do primeiro caso de pessoa picada por uma cobra Naja em solo brasileiro.

Único soro 

Especializado na produção de soro antiofídico, o Instituto Butantan, sediado em São Paulo, encaminhou para o DF amostra de soro produzido a partir do veneno da Naja para que o soro fosse aplicado no universitário.

Pedro Henrique estuda medicina veterinária com ênfase em animais silvestres e exóticos. De acordo com informações dos familiares, o estudante teve reação negativa ao soro e o procedimento ficou suspenso até que o paciente volte a ficar estável.

Metrópoles apurou que Pedro foi levado ao hospital pelos pais. Ele apresentava palidez, tontura e dormência nos membros inferiores, sintoma que evoluiu e atingiu os membros superiores.

Pedro Henrique está com insuficiência respiratória e, por isso, foi submetido à intubação. O quadro é considerado grave. Ele está com ventilação mecânica e sonda. Os médicos devem voltar a aplicar o soro ainda nesta quarta-feira (8/7).

UnB

Por meio de nota, a Universidade de Brasília (UnB) disse que Pedro Henrique não é estudante da instituição. “O rapaz faz estágio na área de animais silvestres da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, mas o incidente não ocorreu na UnB (nem no local onde ele atua nem em outra área da universidade). O animal não pertence à UnB”, reforçou a instituição, no texto encaminhado ao Metrópoles.

“De todo modo, a UnB manifesta solidariedade ao jovem e a seus familiares e deseja sua pronta recuperação. Também aproveita para ressaltar a importância da cautela no trato com animais, em qualquer situação”, concluiu.

(*) Esta reportagem foi atualizada após a serpente ser encontrada, na noite de quarta

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?