Veja salário de ex-comandantes da PM que foram para reserva remunerada
Fábio Vieira e Klepter Rosa, presos após 8/1, foram para reserva remunerada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)
atualizado
Compartilhar notícia
Dois ex-comandantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram transferidos para a reserva remunerada da corporação, em determinação publicada na edição desta quarta-feira (31/1) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Fábio Augusto Vieira e Klepter Rosa Gonçalves, presos por omissão no combate aos ataques do 8 de Janeiro de 2023, recebem um salário semelhante.
Segundo a última remuneração do ex-comandante Fábio Augusto lançada no Portal da Transparência do DF, referente a novembro de 2023, o militar recebeu salário líquido de R$ 39.152,59 – valor total após descontos obrigatórios, mas com adicionais “eventuais” de R$ 21.199,96, que podem ser relativos à férias ou 13º, por exemplo.
Já em setembro de 2023, o salário total líquido foi de R$ 18.480,63. Em julho, quando teve mais benefícios, Fábio recebeu R$ 23.216,31.
Klepter Rosa Gonçalves, em novembro de 2023, teve salário líquido de R$ 39.955,27. Em setembro, R$ 19.282,73. Em março, R$ 23.249,14.
Segundo consta no DODF, os policiais requereram passagem para a reserva remunerada em razão de terem cumprido o tempo mínimo no cargo estipulado por lei. Com isso, eles deverão ser “aposentados” no mesmo posto ou na mesma graduação, com proventos integrais em comparação ao que já recebiam no cargo.
Reserva remunerada é uma situação na qual um policial militar é colocado após completar determinado tempo de serviço na corporação. Também conhecida como inatividade, a reserva remunerada é uma espécie de aposentadoria.
Vieira, Klepter e outros cinco oficiais da PMDF foram presos em 18 de agosto após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
As detenções atendem à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que aponta omissão por parte dos militares no combate aos ataques do 8 de Janeiro. Antes disso, Fábio Augusto já havia sido detido em investigações relativas aos atos golpistas. Ele foi detido em 10 de janeiro, mas deixou a prisão dias depois, em 3 de fevereiro.