Veja o passo a passo do suspeito desde a chacina ocorrida no DF
Lázaro Barbosa de Souza, 32 anos, está foragido. Aproximadamente 200 homens de diversas forças policiais estão nas ruas atrás dele
atualizado
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Há seis dias, policiais de diversas forças de segurança, do Distrito Federal e de Goiás, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF), estão nas ruas à caça de Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos. Ele é acusado de dizimar uma família inteira no DF. Pai, mãe e os dois filhos do casal foram brutalmente assassinados na semana passada, no Incra 9, em Ceilândia.
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, classificou Lázaro como um “psicopata”. “Ele, além de ser psicopata, é da região. É o que nós chamamos de ‘mateiro’, acostumado a se emburacar no mato. Ele deve ter outra motivação psicótica. Está muito focado em seguir na trajetória criminosa. Mas vamos chegar até ele”, disse Miranda.
Desde sábado (12/6), os profissionais, em força-tarefa, atuavam na região de Cocalzinho (GO) para onde Lázaro havia fugido. Na manhã desta segunda, mais de 200 policiais estão participando da operação em Edilândia, em Goiás. Nesse fim de semana, uma equipe da Polícia Militar chegou a se deparar com o foragido, mas ele trocou tiros com os militares e fugiu para o mato. Agora, os investigadores contam com novas pistas para fechar o cerco contra o assassino em série.
Veja a cronologia do crime:
Diferenciado
Um policial ouvido pelo Metrópoles afirmou que Lázaro é um criminoso “diferenciado”. “Ele se esconde no mato. O mato é o ambiente dele. Já trabalhou em Goiás e conhece bem a mata. Funciona sempre no mesmo modus operandi, vai para o mato e, eventualmente, vem à cidade se reabastecer. O cerco no matagal envolve um planejamento complexo e com forte auxílio de cães farejadores”, disse.
Nesse domingo, as corporações divulgaram imagens aéreas da atuação do grupo de busca. As forças policiais estavam espalhadas em pontos estratégicos da região e ocuparam 17 fazendas, mobilizando 200 pessoas para as buscas.
A população de Edilândia (GO) está apavorada com a possibilidade de Lázaro não ser capturado pela força-tarefa. Ao Metrópoles, moradores da região afirmaram que as chácaras estão praticamente vazias. Os chacareiros e trabalhadores estão deixando os locais por medo de uma possível invasão, já que o foragido é acostumado e conhece bem a região e estaria escondido na mata. Ele chegou a entrar em residências entre sábado e a madrugada desta segunda-feira.
“Estamos vivendo momentos de terror e pânico. Apavorados. A polícia está mobilizada, mas não consegue prender esse homem. Enquanto isso, ele faz um estrago. Desde quinta (10) que ninguém da região sai de casa após as 18h. Estamos aguardando que ele seja preso ainda hoje. Caso não capturem, eu não volto para a chácara onde moro”, disse Raquel Daniele Farias, 32, atendente de uma lan house de Edilândia, que mora próximo ao município de Girassol, em uma área rural.
Corpo
Lázaro é suspeito de matar Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O corpo dela foi encontrado nesse sábado, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata próxima à BR-070.
Nesse domingo, as corporações divulgaram imagens aéreas da atuação do grupo de busca. As forças policiais estavam espalhadas em pontos estratégicos da região e ocuparam 17 fazendas.
Armado
A Polícia Militar do Distrito Federal também detalhou o rastro de violência deixado por Lázaro no sábado. Ele invadiu a fazenda da família de um soldado do 8⁰ BPM, próximo à Lagoa Samuel. Ele fez o caseiro refém, quebrou tudo, bebeu e fumou maconha. Também obrigou o funcionário a consumir a droga.
Segundo a corporação, o soldado chegou à propriedade, no início da noite, chegou até a cancela e, provavelmente, ao abri-la, o homem fugiu, levando o caseiro como refém.
O criminoso seguiu para a fazenda ao lado, a cerca de 700m, e baleou três homens. Havia no local uma mulher e uma criança. Testemunhas informaram que o o suspeito da chacina colocaria fogo na casa e não o fez por causa das vítimas.
Chacina
A chacina chocou o Distrito Federal. Os corpos dos familiares assassinados estavam em um quarto – um deles sobre a cama e dois no chão. As vítimas foram encontradas com marcas de tiro e facadas.
Cleonice conseguiu ligar para a família pedindo socorro ao ver que a porta da casa estava sendo arrombada. Eles chegaram rapidamente ao local, 10 minutos depois. No entanto, Cleonice havia sido levada. Cláudio Vidal.
Antes de morrer, Cláudio disse ao cunhado que a esposa havia sido levada por quem invadiu a casa deles: “Age rápido, porque levaram a Cleonice”. A polícia informou que os celulares das vítimas estavam em casa. Porções de dinheiro também foram encontradas.
O corpo de Cleonice foi encontrado no sábado.
Veja fotos da operação de hoje, em Goiás: