Veja lista de golpes virtuais que usam o coronavírus como isca
Criminosos criaram até aplicativos falsos para o coronavoucher a fim de chamar atenção das pessoas. Objetivo é roubar dados de trabalhadores
atualizado
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Os criminosos não perderam tempo com a pandemia do novo coronavírus e criaram uma série de golpes usando a doença como isca para fisgar as vítimas. Um dos últimos diz respeito ao coronavoucher oferecido pelo governo federal, com auxílio emergencial a trabalhadores informais.
O coronavoucher é a ajuda de R$ 600 que será pago por três meses durante a crise causada pela Covid-19. Uma das formas para se cadastrar é por meio de um aplicativo criado pela Caixa. O problema é que em cerca de 24 horas, vários programas falsos foram criados para roubar dados das vítimas.
Segundo pesquisa da Serasa Educa, uma tentativa de golpe é aplicada no Brasil a cada 17 segundos.
Os nomes são parecidos ou iguais ao oficial. Além disso, são imagens muito bem feitas para enganar os trabalhadores. Há também mensagens sendo enviadas via WhatsApp pedindo que um agendamento seja feito. O link, porém, é malicioso.
Para Android, o aplicativo correto pode ser acessado clicando aqui. No caso do iPhone, o link correto da Caixa é este.
Confira como é a “cara” do aplicativo oficial:
Visual do aplicativo oficial do Auxílio Emergencial do governo federal
Outros golpes
Mas os casos citados não são os únicos que se utilizam da desculpa do coronavírus para chamar atenção. Geralmente, a isca é jogada em mensagens enviadas pelo WhatsApp e outros aplicativos do tipo. Confira uma lista desses golpes e nunca clique nesses links:
- Lista para receber álcool em gel: mensagem solicita que o usuário envie o número de telefone.
- SMS de instituições financeiras: mensagens que chegam alertando para “fechamento” de agências bancárias, e pedindo para que se abra um link pelo qual o usuário deve atualizar cadastro.
- Empresa atacadista: mensagem diz que a empresa estaria distribuindo cestas básicas, como auxílio socioeconômico devido à crise do coronavírus. Usuário é direcionado a um site que solicita permissões do navegador
- Hipermercado: a mensagem diz que a atacadista estaria doando 250 mil cestas básicas com álcool em gel. Site rouba dados dos usuários.
- “Auxílio cidadão”: antes mesmo de o auxílio a desempregados e trabalhadores informais ter sido aprovado pelo Congresso Nacional, começou a circular mensagem em que se pedia para clicar em site para se fazer o cadastro.
- Suspensão de contas: mensagem dizendo que trabalhadores autônomos e beneficiários do Bolsa Família poderiam pedir suspensão de valores de gás, água e luz. Link levava para site em que o usuário respondia a perguntas.
- Vacina: mensagem de falso agendamento online para vacinação contra o Covid-19 (não há vacina contra esse vírus). Link pedia cadastro e que, ao final, a mensagem fosse compartilhada a um maior número possível de pessoas.
- 7GB de internet: mensagem imputada falsamente à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) oferece “totalmente grátis” pacotes de 7GB de internet para as operadoras Vivo, Claro, Oi, Tim e Nextel. O link pede para que o usuário clique em cima do ícone de uma das operadoras, e depois leva o internauta a um site com um vídeo, em que há uma mensagem pedindo para ali se clique para obter as orientações. Ao se clicar no vídeo, um arquivo é baixado no computador do usuário.
“A alta repercussão mundial sobre o Covid-19 abriu espaço para pessoas mal intencionadas tomarem proveito do caos e da constante procura por informações, para disseminarem programas maliciosos, na prática de cibercrimes”, avisa Sandro Süffert, CEO da Apura Cybersecurity Intellingence, especialista em segurança cibernética.
Segundo levantamento mais recente da Apura, mais de 2.200 sites foram identificados com domínio “coronavírus” e “Covid”, todos suspeitos de serem fraudulentos.